22 de julho de 2013

SECANDO GELO


Queria ser mais calma, contida. Não me sentir tão ameaçada e acuada. Mas não tenho como evitar me sentir assim. Todo mundo fala sobre sair da zona de conforto e se desafiar mas ninguém fala sobre a sensação de derrota que te invade quando o jogo vira e o que parecia doce começa a incomodar. Não me sinto em casa. Não me reconheço. Nem reconheço esses novos rostos. Quero gostar dessas novas pessoas, mas não quero anular a minha personalidade. Não quero brigar para dar minha opinião. Só quero ser aceita. E tentar aceitar esse novo mundo que se estende a minha frente. Estas são as dores de recomeçar. E a diferença deste recomeço para os demais é que tenho certeza que preciso passar por isso para crescer, amadurecer. Para o meu próprio bem. Preciso lembrar de respirar e não pirar no meio do processo.



5 de julho de 2013

NÃO VÁ CRIANDO EXPECTATIVAS DEMAIS PORQUE...


...Não é minha culpa sua projeção. A responsabilidade é toda sua, portanto se vir a se decepcionar não quero ser acusada de nada. Quero sair tão inocente quanto cheguei nesse barco. Estou dizendo isso apenas para deixar registrado que sempre é mais cômodo colocar o fardo da culpa nos ombros alheios. Ninguém fala que também é a escolha mais rasteira, mas por ora pode se considerar avisado!

4 de julho de 2013

NA ESTRADA


Dizem que a estrada é traiçoeira. 
Confiança demais não te deixa ver os perigos.
Medo demais não te faz avançar adiante.
Nem mais, nem menos: apenas a medida certa de confiança e precaução para seguir adiante.  E a certeza de que se deu algo errado, você deu o seu melhor.

3 de julho de 2013

SÓ O QUE É BOM


Dizem que só o que é bom permanece. Te disse isso uma vez e você ficou sem palavras. A ponto de nada dizer. Eu não sabia, mas estava te perdi naquele dia. Na verdade te perdi no dia que você conheceu ela. Talvez você não quis dividir seu coração em dois e nesse caso eu fiquei chupando o dedo.

Lamento que você não tenha aprendido a ser meu amigo, nem se esforçado para isso. Eu me esforcei porque eu conseguia te ver além. Fomos um casal. Não somos mais. E mesmo não sendo, gostava da sua companhia. Afinal você é inteligente, tem um bom timing para piadas e gosta de cerveja e rock. É meio rebelde. Enfim, tem mais qualidades do que defeitos.

É óbvio que eu consigo viver sem você, mas não gostaria de fazer isso. Mas como você impôs a sua ausência, eu tive de aceitar e respeitar o seu espaço. Também acho lamentável o fato de você me ignorar porque você age como se não precisasse mais de mim. Ou de outros amigos. Saiba que isso é mal educado. E que o mundo tal qual uma bola é redondo, dá voltas. Podemos nos encontrar de novo. Você pode até precisar de mim, se pans.

Não pense que estou agourando, mas você também pode terminar seu relacionamento perfeito com a "única mulher com quem me casaria". E pode se arrepender de ter deixado os seus amigos para trás, inclusive eu, porque vai perceber que está sozinho.

Posso não fazer falta agora, mas posso fazer lá no misterioso futuro. Mas pode ser também que eu não agregasse tanto valor a sua vida e não falar comigo não te faça falta mesmo. Mas daí vou ter que te chamar de mentiroso, porque você fazia parecer que eu era SIM, importante pra você. E se tem uma coisa que eu acho feio, é nego se contradizer no seu discurso. Não é que a pessoa não pode mudar de ideia. Ela pode. É apenas dizer que não vai a um show do Luan Santana, por exemplo, e no dia seguinte ir. Perde a credibilidade.

Então é isso. Só o que é bom permanece. Não permaneci na sua vida porque não fui boa o suficiente para isso. Só me resta aceitar os fatos, recolher os cacos e engolir o choro, porque eu me recuso a chorar por causa das suas grosserias. É ruim, hein. Mais fácil descontar meu ressentimento no boxe. 

2 de julho de 2013

ENJOY THE SILENCE


Perceber que está sendo preterido é doloroso, mas às vezes é você que tem de preterir alguém. É constrangedor dizer não. Como é que se fica a vontade para destruir as expectativas e sonhos de quem sonha com você? Talvez por isso existem tantos telefones na caixa postal, e-mails sem resposta, SMS que vão, mas não voltam com uma resposta que pode acender a esperança. Tudo é silêncio. Talvez calado doa menos dizer adeus. Mas quem quer resposta precisa de um desfecho, para seguir em frente com o coração partido. Há quem entenda a mudez repentina e siga adiante e há quem finja não entender e continua insistindo sem perceber que quanto maior a insistência, maior o desprezo. Façamos assim: o dia que quiser preterir, diga a verdade. Sim, vai haver choro e ranger de dentes. Mas vai passar. 

1 de julho de 2013

NOBODY LOVES MALU


Esses dias assistindo um capítulo de Sangue Bom vi a personagem Malu (Fernanda Vasconcellos) chorando nos braços do pai porque ninguém nunca havia se apaixonado por ela. É óbvio que é ficção, mas e se fosse vida real? 

Quantas Malus chorando nos braços de alguém não existem por aí? Mulheres tão legais que os homens não hesitam em decepcionar porque "poxa, ela é tão humana e compreensiva que irá entender essa mancada que vou dar". 

Não quero generalizar, mas existe gente que se sente à vontade para machucar apenas porque o outro é legal. Isso é baixo. Mesquinho. Desrespeito. De quem magoa e de quem é machucado também. Afinal, como se permitir ter sempre o mesmo sofrimento? Será por que é mais seguro caminhar pela estrada da dor do que pela estrada da felicidade? Seria medo de conhecer outros caminhos? N