6 de dezembro de 2013

SE SENTIR


Quero me sentir em paz ao fim do dia.

Quero pegar cada um dos meus planos ao final do expediente e voltar com eles para casa e executá-los.

Quero fazer o extraordinário todos os dias.

Quero que quem quer que esteja do outro da linha saiba que eu me importo.

Quero mudar de perspectiva.

Quero que seja fácil.

Preciso ser sábia.

Destemida.

Me decidir.

Não preciso que tenha medo por mim, eu já tenho o suficiente.

Mas eu sigo adiante, tropeçando nos meus próprios passos, rindo das minhas desgraças, celebrando as minhas conquistas.

Eu sorrio para o mundo.

O mundo sorri de volta.

E eu me sinto bem.


4 de dezembro de 2013

(DES)CONVIDADA



Senão era para fazer parte da sua vida, por que me convidou, afinal?
Eu podia estar levando a minha vida sossegada, lendo meus livros e revistas, comendo meus brigadeiros gourmet, mas você não quis assim. Nem eu. 

Porque se eu bem quisesse, poderia ter dito a verdade: eu sou simpática assim mesmo e de fato você é bonito, admito. Não estava flertando, me desculpa. O que pensei ao ouvir sua escolha minuciosa das palavras para não me assustar e me dizer que me achara interessante: por que não?

Não sei o que você esperava de mim, de verdade. Nem é minha culpa sua projeção. Sendo racional, eu entendo que da mesma forma que me achou interessante, eu posso ter deixado de ser ao seu ponto de vista. Mudar de ideia é uma regra do jogo, porém em alguma parte do processo eu ignorei as regras. 

Se era para ser "liquid love" não deveria ter me pego pela mão e apresentado suas qualidades, seus defeitos, seus erros, seus acertos. Não deveria ter aberto a porta da sua casa. Sua casa. Por conta dela que nossos destinos se cruzaram em uma manhã de fim de inverno. 

Um encontro feliz. 
Ou infeliz. 
É um questão de ver o copo meio cheio ou meio vazio.
Insisto em ver o copo meio cheio. 

Eu não sou fácil.
Você não é fácil, admito.
Ontem a gente tinha boa vontade.
Hoje a gente tem indiferença.

Cadê aquela empatia dos velhos tempos? Seria possível resgatá-la em alguma parte do jogo sem regras em que resolvi brincar?

Enquanto os dias passam.
Eu sei que dói mas não mata.
O tempo vai passar.
Você vai ser tornar uma lembrança boa.
Um bom capítulo da minha história, mas que podia ter sido um livro, um filme. 

O que você quis de mim, afinal?
O que você tanto procura, algumas certezas?
Perdão?
Expiar suas culpas por crimes que nem cometeu?

Mesmo que eu saiba as respostas, não vou lhe dizer.
Fui desconvidada da sua vida.








2 de dezembro de 2013

VERMELHO


Na verdade era para ter entregue este texto junto do seu presente de aniversário, mas não foi possível por motivos de: pura e simples falta de tempo. E inspiração. E acho que você deve ter se perguntado: por que raios alguém dá de presente um batom vermelho?

Não tem nada a ver com autoestima. Ou uma mensagem subjetiva para tornar-se mais vaidosa, mas é uma mensagem. Paradoxal, não é?

Fiquei pensando dias e dias em um presente, mas apenas a convivência virtual não dá pistas (agora sei que algo relacionado a The Big Bang Theory faria sucesso. Ou Alexandre Nero). 

As longas conversas sobre a complicação de se relacionar com o sexo oposto. 
As expectativas em alta. 
Em baixa. 
A raiva. 
O desapego. 

Tantas emoções em tão pouco tempo e perceber que Pablo Neruda tinha razão em dizer que o amor é curto, mas o esquecimento é longo. E doído. 

Pensando em tudo isso, percebi que eu te daria um presente com significado, já que o presente da confiança não está à venda. Então minha mente se iluminou: um batom vermelho!

Vermelho para:
Acender o verde do seu olhar;
Para um novo ciclo que se inicia;
Para causar;
Para se apaixonar;
Para ser ainda mais apaixonante;
Para celebrar os novos tempos;
Para tudo o que você desejar.

Bem, agora você sabe quais são meus votos. 

Ah, uma última consideração: Derrube esses muros e construa as pontes. Não precisa ser de uma vez. Não vai ser fácil. Mas o importante é caminhar. Então, comece. Você sabe que tem meu apoio.