21 de outubro de 2014

HORA DE VOLTAR

 

Na falta de um amigo imparcial para eu dividir o fardo do meu cotidiano, a gente volta para aquele lugar onde eu apenas escrevo e você lê. E mesmo que fique indignado, emocionado ou o que eu diga signifique algo, você não vai escrever nos comentários, porque a vida tá corrida.

Essa falta de tempo, essa má vontade para fazer o que realmente importa, é isso que estraga todos os relacionamentos. Como o seu tempo é dividido, afinal?

O meu ultimamente se divide entre 14 horas para o trabalho e as 10 horas que sobram para cuidar da família, dos amigos, da faculdade, dos projetos paralelos...

...Eu deveria dividir melhor, concordo. Mas eu sou workaholic, sorry.

A falta de interesse das pessoas com quem eu lido em distorcer ou interpretar os fatos de acordo com suas necessidades também tem me irritado bastante. Qual a dificuldade em assumir que comete erros?

A vida não é feita só de acertos, desculpe.

***
As escolhas.
Não se faz omelete sem quebrar os ovos.
É clichê, é óbvio, mas é assim que funciona.

Uma vez que você escolhe, você precisa bancar as consequências do que escolheu.
Isso é ser responsável.
Por si mesmo.
Pelo outro também, porque não?
Não prometa o que não irá cumprir.
É feio, tá?
E sim, magoa muito.

***
Se a intenção não é dar o melhor de si mesmo, por favor, mantenha a distância.
Poupe o meu tempo e a minha energia, por favor.

***
Independente das mágoas, da dor, da raiva.
A gente precisa continuar.
É o que vou continuar fazendo.
É bom estar de volta.
Espero permanecer.








30 de junho de 2014

O INÍCIO.O FIM.E O ERRO


Uma vez uma amiga disse que não queria ser o meio para que o outro pudesse perceber que estava próximo de vir a ser uma pessoa melhor. 
E cortou as asinhas do outro. 
E também matou uma parte de suas esperanças.

Hoje eu olho para os seus erros e percebo que já os cometi em algum lugar do meu passado.
Não quero cometer os mesmos erros.
Não quero que você cometa os mesmos erros.

Mães de menina sempre falam que elas devem valorizar-se. 
As minhas sempre falam isso, por exemplo.
Para elas é fácil. São bonitas, cheias de vida e de vontade. 

Eu não entendia. 
Quase pedia desculpas por existir.
Quase agradecia ao ver que alguém me queria por perto.

Na verdade eu até me irritava com esse papo de valorizar-se, porque de fato certas atitudes minhas gritavam submissão.

Eu me enxergava como uma pessoa que lutava pelo que queria.
O problema é que eu lutava pelas causas erradas, basicamente.

Hoje eu sei que quando mamãe diz: valorize-se, percebo uma mensagem subjetiva, que deve ser interpretada como: não perca a sua dignidade com quem não merece. Isso se aplica em todas as áreas da vida: pessoal, profissional, etc.

Então meu bem, eu não quero perceber através dos seus erros que eu me tornei uma mulher mais experiente. Eu quero que você cresça e se valorize. Seja o melhor que você conseguir ser. 

E os outros irão reconhecê-lo por isso. 





7 de fevereiro de 2014

IMAGINA!


A impressão que tenho é que o verão só está ardendo aí fora. 
Aqui dentro é tudo inverno.
É tudo incerto.

E de repente me foi tirada uma das qualidades infantis mais louváveis: a imaginação.
Uma criança, por exemplo, ainda não tem noção da vida real, e é na imaginação que ela cria seu universo.

A vida através de seus fardos (que se apresentam em forma de uma profissão que não traz alegria, um relacionamento desgastado, ou pura e simples falta de coragem para mudar o que não está indo bem) acaba por nos roubar esse dom. 

Sinto que o roubaram de mim. 
E eu o quero de volta.

Você já deve ter ouvido a canção "Imagine" de John Lennon. Deve saber que é uma ode à paz. Saiba também que há uma segunda mensagem, caso ainda não tenha percebido: o convite a imaginação. Ainda diz mais: é fácil se você se esforçar.

(Não tenho me esforçado muito, lamentável)

A gente deixa de aproveitar muitas oportunidades quando simplesmente não nos esforçamos para imaginar. Quando subestimamos nossas próprias possibilidades.

Einstein já disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. No sentido de que o conhecimento científico é limitado, comparado ao dom de imaginar.

Caso ainda não tenha se dado por satisfeito com meus argumentos, deixo as palavras de Eugenio Mussak em sua coluna na revista vida simples. Te ajudará a refletir, sem dúvidas.
Assim como me ajudou.

"No dia em que paramos de acreditar na possibilidade da criação de um mundo melhor, começamos a morrer. Convença-se que a vida é injusta e ela assim será, e sempre contra você. Imagine um mundo mais justo e ele começará a existir. Eu me nego a me conformar com o mundo pequeno e medíocre a que Vargas Llosa se refere. Prefiro imaginar algo melhor, em que as pessoas têm oportunidades equivalentes, os mesmos direitos, e exercem seu direito de aproveitá-los ou não. Alguns dirão que sou ingênuo. Outros, que sou visionário.

Na verdade, estou sempre disposto a imaginar que a vida vale a pena, e que se existe a tristeza é só para que possamos entender a alegria. Imagino que a intolerância, a arrogância, o orgulho e a maldade são sintomas da fase evolutiva inferior em que ainda nos encontramos. E imagino que vamos evoluir. Prefiro imaginar que um mundo melhor é, sim, possível, e assumo minha parcela de responsabilidade para ajudar a construí-lo. Imagine, e você se arrisca a conseguir. Não imagine, conforme-se, e você estará condenado à mesmice. Imagine e organize-se para tornar a imaginação realidade, e algumas coisas fantásticas começarão a acontecer. "Você pode achar que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único e você ainda vai se juntar a nós".

PS: me inspirei na coluna para escrever este texto e digo que o que é bom deve ser compartilhado!




5 de fevereiro de 2014

ALGUNS CLICHÊS SOBRE OS HOMENS (OU A MAIORIA DELES)



(Sei que vou arrumar briga, mas acho que vale a pena comprá-la).

Homens são mamíferos do sexo masculino, cromossomo XY, populares por serem práticos (exceto quando usam mil maneiras de dizer que não estão a fim de uma mulher) e interromperem conversas (qualquer conversa) para observar um derrière (qualquer derrière) diga-se de passagem. Também são populares por crescerem e ainda continuarem apaixonados por carros e futebol.

Já pensou o inferno que seria se ainda gostássemos de brincar de boneca?
Ainda bem que maquiagem, sapatos e bolsas substituem as Barbies com louvor!

Na vida real nos realizamos cozinhando de verdade, tendo filhos de verdade, cuidando de uma casa de verdade e dependendo do dia, percebendo que tais brincadeiras são fardos difíceis de se carregar. Ainda mais quando escolhemos moleques para dividir nossa vida, nossa casa e nossa alcova.

Mas voltemos a eles, as estrelas deste post pseudofeminista, os homens:

É o ser que está a fim de uma mina há tempos porém ao chegar perto dela ficará intimidado e resolverá investir em outra que ele sabe que não irá esnobá-lo.

É o ser que dirá olhando no fundo dos seus olhos, crente que está dizendo uma verdade universal, que você deve emagrecer uns quinze quilos.

É o ser que a mina ligará para conversar e ele, sutilmente, fingirá que está resolvendo um problema que o impede de falar com você. Sim, ele poderia ter a delicadeza de pedir para que você ligue outra hora. Mas acho que já estou exigindo demais.

É o ser que gosta de espaço e reinvindica a "peladinha" do fim de semana como se a vida dele dependesse disse. Ou o barzinho com os amigos no fim de um expediente. Mas experimente você ir jogar futebol e sair para o happy hour com os amigos para ver o diabo sair da garrafa.

É o ser que se for sincero é estúpido e se contar uma mentirinha branca, é um vaselina!

É o ser que se ressente que a mina só come salada e ao mesmo tempo reclama que ela come demais!

É o ser que reclama que a mina é fria na cama e ao mesmo tempo fica desconfiado se ela tem uma performance acima das expectativas, nível perguntar com quantos (homens) ela já ficou antes dele. (E sim, minta, ele pode usar essas informações contra você no futuro).

É o ser que não sabe colocar ponto final em seus relacionamentos. E quando o faz, é da pior forma possível. (Ou vocês acham que eu esqueci o clássico "vou procurar outros carimbos, um trocadilho infame para "vou procurar outros caminhos" de um namoradinho dos tempos da faculdade. Ou o recente "existem coisas e pessoas mais importantes que você acontecendo na minha vida, neste instante". Em ambos os casos eu praticamente implorei para ter esses vereditos. Logo, de certa forma eu mereço!)

É o ser que vira para mim no meio do expediente e me pergunta como se instala um chuveiro.

É o ser que finge não se importar com a opinião alheia, mas sempre pergunta para quem estiver por perto o que ele faria em tal situação.

É o ser que quando deixa o cabelo crescer, tem a ousadia de ter cabelos mais lindos que o seu. Ou um corte de cabelo mais moderno que o seu!

É o ser que vai te trair e ainda colocará a culpa em você, por motivos de:
- me deixou muito sozinho;
- é do meu instinto;
- ela me deu mole;
- você só trabalha e não tem mais tempo para mim;
- insira a desculpa que você julgar adequada

É o ser que se interessará por você, mas ele tem namorada, mas ele gostaria de ficar contigo para ver no que dá (confusão, minha filha, portanto fuja). Se você ficar, prepare para ser levada em banho-maria. E se envolver em um barraco, caso a namorada descubra.

Ou ainda: ele vai se interessar por você, mas não vai chegar junto por motivos de:
- não tenho coragem (sim, já escutei isso de um boy magia negra).

E é por este ser que você irá se debulhar em lágrimas. Vai correr atrás para salvar um relacionamento sem salvação, tentando convencê-lo de que vocês não podem viver um sem o outro (ah vá!). Vai esculhambar boa parte de suas amizades. Vai ao fundo do poço. Vai prometer nunca mais fazer esse tipo de coisa. Até o jogo recomeçar. 

Então, quando o jogo recomeçar, tente construir uma nova história, sem heranças malditas.
E cuide bem de si mesma, para que possa cuidar de outro. 






3 de fevereiro de 2014

EM UM FIM DE TARDE DE VERÃO


As pessoas superestimam o verão.

É a estação ideal para ir à praia (se você não tiver a obrigação de trabalhar em janeiro, é claro).

É a estação ideal para se apaixonar (se estiver solteiro e principalmente se suportar ficar junto de alguém com o calor infernal que anda fazendo nos últimos dias).

Em um verãp em que tinha de voltar ao trabalho e estava solteira, houve um feriado. 
25 de janeiro, aniversário de São Paulo.

Houve um encontro. Não era nada de extraordinário, uma visita ao Zoológico e eu já havia te dito que só seríamos amigos (e como meus argumentos foram pífios e como um bom taurino, você é teimoso, você me ignorou).

Só não imaginava que o encontro ia ser tão divertido como foi. 

Primeiro que nada me deixa mais feliz do que ficar ao ar livre e longe de telefones implorando para serem atendidos.

Segundo porque sua companhia é muito agradável e sempre que podia, você me fazia rir que nem trouxa.

Terceiro porque caiu uma tempestade. Ignorando os avisos de raios e árvores que poderiam cair e fomos tomar banho de chuva. Eu pulava nas poças de água limpa e chutava água em você (porque lembro que você pôs uma capa de chuva para me acompanhar hahaha).

Foi um dia que superou minhas expectativas, afinal.

Na hora da despedida, eu te disse:

- Obrigada por tudo, acho que foi um dos dias em que valeu a pena viver, fazer parte deste mundo. Você me respondeu, sorrindo:

- Eu posso te dar todos os dias felizes que você quiser.

(Entrelinhas ficava claro que bastava eu dizer "sim". Mas eu não sabia das coisas que sei hoje. Então te expulsei da minha vida a contagotas por não saber lidar com a situação. Por não saber se eu poderia te dar o que você sempre mereceu. De qualquer forma, as lembranças daquela tarde ainda vivem comigo. E em certos momentos gosto de voltar aquele passado.

10 de janeiro de 2014

SIMPLES DESEJOS



Hoje é o décimo dia do ano novo.
Talvez você tenha voltado das férias coletivas.
Ou tenha feito como eu, que não tive oportunidade de dar uma pausa.

Pode ser que você tenha feito resoluções de ano novo.
Ou nem ter se dado ao trabalho.
Sempre leio piadas de que mulheres costumam pedir as mesmas coisas de sempre, a saber (não quero soar pejorativa):

- menos cinco quilos;
- um namorado;
- emprego novo;

Eu desejo saber a hora de parar e descansar.
A calma de quem é confiante.
Saúde e paz.

E divido com vocês os desejos do Gustavo Gitti, colunista da revista vida simples, que publicou na edição 127 uma coluna intitulada "Relações que Valem a Pena".

É o que desejo neste momento da minha vida e te convido a refletir sobre esses votos:

"Para minha vida valer a pena, que nasça de relações que valem a pena, daquelas que transformam as pessoas para muito além da esfera do relacionamento, com qualidades que sobrevivem até mesmo à morte dos envolvidos, transbordam, se espalham para quem quiser pegar. Que eu nunca aspire por bodas de ouro, mas pelo florescimento das potencialidades do outro, esteja com quem estiver, pelo tempo que for. Que eu não me dedique tanto à proteção de minhas fixações, mas à superação gradual das estruturas coletivas do ciúme, da carência, do preconceito. Perda de tempo sustentar uma relação que maquia, sem nunca atacar, as causas do bate-cabeça.

Que eu não dê tanta importância e não me distraia com fatos (se formou, casou, faliu, fez plástica, descasou?), mas que possa mirar naquilo que importa: o quanto a pessoa segue cada vez mais lúcida, aberta, autônoma, curiosa, compassiva?"


Te pergunto: o que você deseja para este novo ano?





9 de janeiro de 2014

INTACTO (OU NÃO)


Eu espero que qualquer dia desses meu telefone toque.
Ou surja uma mensagem inbox.
Um bilhete.
Um sinal de que você ainda  se importa.
Espero que você volte.
Diga que está tudo bem.
E que podemos recomeçar.
Porque o tempo passou.
Mas nossas promessas de que seria "para sempre" permaneceram.

***

Te reconheci através dos olhos verdes escuros.
Agora cansados.
A elegância natural ainda está lá.
O bom gosto para bolsas e acessórios, também.
Mas aquele brilho no olhar que você trazia em 2006 não está mais lá.
Seria o filho que veio de forma inesperada?
Ou o casamento às pressas?
Por que parece que desistiu de si mesma?
Por que seus olhos parecem trazer toda a tristeza e cansaço que há neste mundo?


8 de janeiro de 2014

CAUSA PERDIDA


Qualquer que seja minha opinião eu estou sempre errada.
Apenas um diagnóstico. 

Você não se cansa de diminuir meus pontos de vista?
Então é sério que você tá sempre certo?

Porque eu já estou tão farta que eu simplesmente ignoro o clichê "tá falando besteira".
Ignorar é melhor do que alimentar a fogueira com mais lenha.
É como uma guerra fria.

Lamento tanto essa perda de tempo com esses embates infrutíferos, que não acrescentam 
nada. Um ponto final de repente é uma opção radical, porém eficaz.

De uns tempos para cá tenho lido coisas. 
Que minha geração não luta pelo que quer.
Abrimos mão rápido diante das dificuldades.
Discordo.

Somos mais seletivos diante das batalhas pelas quais escolhemos lutar.
Apenas.

Você não é uma batalha.
Mesmo que fosse, não lutaria por você.

Lutaria para ter de volta a sensação de paz que eu tinha antes de você chegar.
E bagunçar os territórios do meu mundo.

Lutaria para dizer que você está completamente errado.
Porque você não me conhece. Nem vai conhecer.

7 de janeiro de 2014

PARAÍSO PARTICULAR



Não acho que eu seja mimada.
Também não julgo necessário me bajular o tempo todo.
Só acho fundamental ter a liberdade necessária para fazer.
(O que quer que deve ser feito).

O fato é que o tempo vai passando.
De alguma maneira as coisas vão perdendo a leveza.
E quando dou por mim, me sinto sufocada com o fardo que carrego.

As coisas parecem funcionar melhor para os outros, menos para mim.
Porque parece que no meu universo particular as coisas parecem muito maiores do que realmente são?
Seria eu viciada em drama?
Ou viciada em reclamar?

Ou não. 
Uma vez que você tem uma noção de paraíso.
Você vai querer estar lá.

Paraíso não precisa ser um lugar bucólico.
Só precisa ter a paz que me parece tão distante.
E o conforto de saber que você não vai estar lá.




6 de janeiro de 2014

SE EU NÃO TIVESSE MEDO...



... Eu teria mais audácia.

Teria menos crises de fé (como diria o Ique em um post do seu blog, o The Bro Code) e iria adiante. 

Se me chamassem de louca, citaria os versos de Crazy, do Seal: só estou tentando sobreviver!

Para algumas coisas simplesmente não tenho medo. Apenas faço o que tenho de fazer, como diria os versos de Vícios e Virtudes, do Charlie Brown Jr.

Para outras coisas, vou fingindo que não é comigo. Empurrando com a barriga. Varrendo para baixo do tapete. Procrastinando. 

Faz anos que gostaria de melhorar esse blog. 
São anos adiando.

Faz anos que tento montar meu próprio negócio.
São anos adiando.

Faz anos que tento escrever um livro.
Adivinhe?

Bem, um medo que eu sei que tenho mesmo é o de errar.
Não admito falhas minhas, muito menos as alheias.

Como é um novo ano e estou inspirada em Feeling Good (Nina Simone) para começar a escrever a história dos meus dias, entendo que é um novo dia, uma nova vida e um novo tempo para mim. 

Devo recomeçar, e me tirando da zona de conforto.

Me desafiando.

No final de 2013 fui desafiada até o último dia do ano. 

Pensei que fosse enlouquecer, mas dei conta de cada uma das funções que me designaram.

E é com esse gostinho bom de "missão dada, missão cumprida"  (alô Tropa de Elite) que começo os trabalhos.

Não vai ser fácil.

Mas estes são os caminhos que desejo conhecer, se o bom Deus permitir.








5 de janeiro de 2014

SOBRE MARKETING E (IN)DELICADEZA


Deve ter algo errado.

Já faz um tempo que desconfio, mas conforme as coisas vão acontecendo e os dias vão passando essa certeza ganha força.

Não vou me dar adjetivos lisonjeiros, apenas vou dizer que sou simples de lidar. 
Por simples entenda que eu não julgo quando ouço um "causo". 
Não faço joguinhos. 
Sou simpática.
Toda ouvidos, a qualquer hora.

E o que eu recebo de volta? 
Dúzias de indelicadezas, é claro.

É um tal de "existem coisas e pessoas importantes acontecendo na minha vida neste momento" . 

Ou "você precisa emagrecer 15 Kg". 

Ou "você nem é tudo isso pra ficar fazendo doce". 

Ou "você tá muito lenta nesse Ano Novo".

Cadê o respeito?

Isso é um caso de absoluta falta de respeito pelo outro. Fico puxando pela memória quantas vezes fui rude com essas pessoas que disseram essas "delicadezas". Porque acho inaceitável esse tipo de coisa. Não consigo digerir.

Sinceridade e grosseria não são sinônimos, aprendam!

Existe uma melhor maneira para defender seu ponto de vista. Dizem até que a maioria dos conflitos se dá não pelo teor das palavras ditas, mas pela indelicadeza do interlocutor.

E além disso, vem outra questão à minha mente: que imagem ando passando? Por que desconfio que devo considerar um reposicionamento de marca, como diriam os marqueteiros. Me tornar mais forte, mais dura, mais blasé, indiferente até. Uma coisa fale ao motorista somente o indispensável. Minha versão "premium" vai ser pra quem merece.

E qual seria meu slogan: trago esse sorriso porque já chorei demais, apenas!