29 de junho de 2012

TIMIDEZ (TE VALORIZO)


(Quem nunca teve um amigo (a) ou então não soube agir diante de alguém que você admira muito? Admira tanto que se perde diante do "ídolo"? Ou alguém que foi muito amigo seu, mas vocês perderam contato e/ou escolheram caminhos diferentes e de repente se encontram, mas ainda não se sentem confortáveis? Este post fala sobre isso.)

Eu queria tanto saber agir diante de você. Nada me intimida mais que você. Tenho medo de ser invasiva, de te sufocar, te tomar seu tempo, de parecer uma chata. Ai, eu quero agir como uma pessoa normal!

Mas eu tropeço nas palavras, não tenho assunto nenhum, me torno me repetitiva. Faço tudo errado. Eu sempre fiz tudo errado com você, né? Por quê? Eu queria que você me visse como uma mulher segura, esperta e divertida e tudo o que você vê é uma garota boba e vazia. Mas isso sou eu que estou dizendo, você nunca se manifestou a respeito. Você não é muito chegado a elogios. 

Eu pareço essas nerds de filmes teens americanos tentando impressionar o cara mais popular da escola. Pareço tão obcecada que nem percebo que apesar de não confiar na mulher legal que eu sou, eu posso significar tanto para alguém, que permanece anônimo.

Tudo que eu queria era o seu carinho, sua atenção, sua aprovação. Não sei porque eu preciso de tudo isso, mas vai entender. Gente é um bicho esquisito. Condicionar minha felicidade a sua aprovação só prova o quanto eu preciso ter um gato para cuidar ou mais trabalhos para fazer. Quem sabe um trabalho voluntário não mude isso? 

E você? Custava demonstrar o quanto gosta de mim (isto é, se você gosta de mim)? Custa ser gentil e dizer que nunca atrapalho, que posso te chamar para convidar sempre que eu quiser? Custa me dar um telefonema de vez em quando só pra não esquecermos o tanto é gostoso escutar o outro? Por que só eu tenho que demonstrar, dar a cara a tapa e tornar públicos o quanto você é importante. (Eu devo ter criado um monstrinho vaidoso a essa altura do campeonato)?

Você sempre diz que eu cobro demais. Mas a impressão que eu tenho é que sempre me dou demais e você...Talvez você não possa dar o que eu tenho em excesso. Talvez eu deva partir para a próxima. Ou aceitar que o seu jeito é esse. Reservado. E tentar entendê-lo. E entender que você não é igual a mim. E parar de exigir. Porque talvez não seja fácil para ti ser tão espontânea como eu. Tão bem-resolvida com seus sentimentos e vontades do jeito que eu sou. Mas não deixa de ser engraçado que a mesma mulher que intimida, argumenta, retruca, ri e faz rir tem um ponto fraco: você e seu jeito imprevisível. Vamos fazer um cessar fogo? Por que não tentar ser mais natural e relaxada e você tentar me deixar mais segura (e tirar essa pose de inatingível)?




27 de junho de 2012

DESENFERRUJAR


Eu queria ser a menina dessa foto. Ter um cara legal para segurar a minha mão em um parque bucólico numa tarde agradável de primavera (minha estação favorita do ano). E ver a tarde cair, bem sossegados. Sem aquela urgência. Mas de uns tempos para cá eu tenho achado isso quase uma utopia. Porque parece que estamos hedonistas demais. A gente quer  ter. E buscar tanto prazer. Que se esquece de olhar nos olhos do outro, perde aqueles lances gostosos que o início de uma paquera tem. A gente não houve o que o outro tem a dizer. Sabe aquela expressão  - decifra-me ou te devoro? Ninguém quer decifrar mais nada, a gente já vai logo para o que interessa: devorar. As músicas que tocam no rádio incentivam de maneira implícita essa luxúria toda. É gente que acha que um carro pode trazer a mulher desejada em segundos (Camaro Amarelo - Munhoz e Mariano e Vem ni Mim Dodge Ram, do Israel Novaes) não me deixam mentir. É gente que te oferece felicidade, mas se você quer romance, compre um livro (Romance - Humberto e Ronaldo). É gente que diz que é foda (Sou Foda - Os Avassaladores). E gente que quer te jogar no fundo da Fiorino (Fiorino - Gabriel Gava). Então é assim, desde que você se dê bem, vale me jogar no fundo de um furgão? 
Foi para isso que você colocou seu melhor perfume, sua melhor roupa?

É como se a época da inocência tivesse acabado. Nós somos tão pedantes que já anunciando que não é pra levar a sério, porque meu jeito (leviano) é esse. E por que eu tenho 
que aceitar esse jeito leviano nos outros? Eu sei que é fase. Todos tem fases de sagrado/profano. E não é ruim. Mas chega um momento na vida que você quer ser de uma pessoa só, e quer que essa pessoa seja só sua. E é aí que tudo emperra. Porque ninguém quer abrir mão de nada. Todos temem o futuro. E nem sabem como agir. Afinal, como agir com sutileza quando se tem a delicadeza de um coice? Como se comportar em um banquete suntuoso se você só come no Mc Donald's? Quem não se perderia? Eu não condeno ninguém por isso.

Por que não baixar a guarda quando perceber que está diante de uma pessoa interessante, sem afetação, com um bom papo e que te faça rir e seja inteligente? Você me diz que ele não é bonito (a) assim, tipo o Giane ou a Fernanda Lima. Mas o auge da beleza passa. E é a inteligência, o bom papo, o bom gosto que vão permanecer. Você tem medo de se magoar de novo? A gente está nesse mundo pra isso, meu bem. Para se divertir. E sofrer. Não é porque fulano pisou na bola com você que o beltrano a sua frente vai pisar também. Pare de trazer consigo todas as mágoas dos relacionamentos passados. O que você tem de trazer é aprendizado, para não repetir os mesmos erros de sempre. E desenferrujar para viver as dores e delícias de uma nova paixão, que pode se transformar em um amor tranquilo. Depende de você. Do outro. De doses de sutileza e diplomacia. Da vontade de ficar junto.

25 de junho de 2012

SER ARROGANTE É...


Ser arrogante é achar que só eu poderia fazê-lo feliz. Só me esqueci do detalhe de que eu não me faço feliz faz tempo. E me esqueço de um fator ainda mais importante: você não quis ser feliz comigo. Não quis tentar, nem considerou meus argumentos. Mais uma vez fui arrogante ao me achar a última bolacha do pacote ao tentar impôr minha presença. Você era um rapaz gentil e educado. E eu era uma criatura infantil, longe de conhecer boas maneiras.
E os nossos mundos entraram em choque. A gente fala muito em respeito, mas quando é que a gente pára pra pensar se o outro já chegou no limite? Quando é que você pára e se pergunta se está respeitando seu pai, sua amiga ou seu chefe? Nunca, né? Mas decerto você já se queixou que seu pai/sua amiga/seu chefe em alguma parte do processo te desrespeitaram, duvida? Por que eu tenho de achar que só o que é meu é o melhor? Autoestima é bom, mas tudo em demasia faz mal. Parece que tudo que estou escrevendo não faz sentido, mas é pra fazer. É pra eu entender que naquele passado eu não poderia te fazer feliz porque eu não era feliz. Minha rotina tinha virado fumaça. Eu nem era eu.Era apenas uma sobrevivente. Perdida. Sem rumo. Não sou arrogante a ponto de dizer que hoje estou 100%, mas que estou muito melhor, sem dúvida. Porque eu posso não ser tão feliz quanto eu gostaria, mas eu consigo me alegrar com a simplicidade das coisas. E isso é o que interessa. (É, bem que eu tentei, mas soou meio arrogante, rs)

22 de junho de 2012

BRINCANDO COM FOGO


Você não liga para falar comigo. E nunca vai ligar. Mas quando eu atendo o telefone, eu sei que é a minha voz que você quer ouvir. E isso não é suficiente. Precisa falar. Das suas vontades e dos seus desejos. Fico indecisa. Devo fingir que não ouço? Peço para isso parar? Levo na brincadeira? Ligo o botão do f*da-se? Fujo?

Já ouvi tantas coisas, tantas promessas. Você não prometeu nada. E posa de vítima. Me diverte, porque no fundo eu gosto. E do mesmo jeito que você quer me ouvir, eu também quero te escutar. No começo eu não queria. Mas agora eu quero. Só o timbre da sua voz já me conforta. Nem precisa dirigir a palavra a mim. Desde que eu te ouça. E esse é o nosso segredo. Pelo menos eu acho que é um segredo. Ou era.

Admito que gostaria de ver mais ação e menos conversa. Mas cadê coragem? É complicação demais. E ando preguiçosa, ultimamente. Quanto mais simples para mim, melhor. Minha vida já esteve tão complicada e agora que parece que está tudo em ordem, lá vem você bagunçar tudo. E sabe o que é pior? Nem autoridade para dizer que não é para fazer bagunça, eu tenho! 

Não tem nada a ver com amor. Eu lido bem com sua ausência. Nem tem a ver com amizade, porque afinal você não me deu prova alguma que somos amigos. Nem participamos da vida um do outro. É apenas uma curiosidade. De saber até onde você quer chegar com essa situação em que você me colocou e eu me permito ficar. E tudo depende de ir adiante ou recuar. Pagar para ver. Ou não. Tem a ver com saber o que você quer. E o que eu posso te dar.



20 de junho de 2012

DISAPPEAR


Não consigo me lembrar do motivo. Ou se houve motivo, mas da mesma maneira que as coisas começam, elas terminam. Nós perdemos contato. Definitivamente. Você desapareceu.
E num rompante de raiva, ainda fiz o favor de apagar seu único telefone que eu tinha na minha agenda. Como eu sou tonta! Já faz dois anos que não sei nada de você. Mas eu gostaria de saber. Se foi promovido, se casou, se separou, se foi em frente, se deu pra trás.

Já te mandei e-mails, mas você não respondeu. Deveria me conformar e saber que, se por acaso eu não tenho mais contato, é porque você não quer mais. É tão simples, mas é difícil de aceitar. Ninguém quer ser rejeitado, é fato. E bem, eu não quero aceitar, já disse isso antes. Na verdade, eu queria é que soubesse que aqueles dias sombrios passaram. As coisas estão mais fáceis, ou vai ver foi eu que mudei o jeito de olhar para os problemas. Não importa. A mulher que você deixou não é a mesma que escreve essas linhas agora. E isso não é ruim. É ótimo.

Mas a melhor maneira de enlouquecer alguém é sumir sem dar explicações, já diria o autor Fabrício Carpinejar. Vai saber senão era isso mesmo que você queria. Me enlouquecer com o seu silêncio. Você venceu, porque eu pirei faz tempo. Agora, por favor, volte. 

18 de junho de 2012

NUNCA MAIS


Então eu me percebi, um pouco tarde demais que se você for se casar mesmo, nunca mais vou fazer parte da sua vida. Na verdade eu nem participo tanto assim, por uma questão de respeito. Mas é que eu tinha e ainda tenho tanta coisa pra dizer. Mas quando te encontro, sei lá, curiosamente fico sem palavras. 

São tantas figurinhas para trocar, tantas impressões para trocar, alguns projetos engavetados no arquivo morto e que muito provavelmente nunca mais vão ver a luz do Sol. Eu não acho justo. Eu queria saber agir do jeito certo. Saber te olhar como eu olharia para os meus amigos, por exemplo. A admiração está lá, mas a naturalidade também. Não queria te olhar com a sensação de que mil borboletas estão fazendo revoada no meu estômago. Não queria te olhar de um jeito lascivo. É impossível, mas eu adoraria que as pessoas lembrassem menos que em algum lugar do passado nós tivemos um romance. Breve, é verdade, mas tivemos. 

Se eu pudesse voltar no tempo, nós teríamos sido amigos e só. Porque na condição de amigo você jamais sairia da minha vida, a não ser que perdêssemos o contato. Mas as coisas não saíram desse jeito. Sempre que houver um encontro, a tensão vai estar tão nítida que poderia ser cortada com uma faca.

Nunca mais vamos sair para tomar uma cerveja. Ou ir ao cinema. Ou a uma galeria de arte. Até se formos a esquina vamos ser mal interpretados. Que inferno! Por quê? Porque eu tenho que  ignorar o cara que me apresentou os sentimentos mais nobres (e os mais vis, também, ninguém é de ferro). Por que você foi falar de mim para ela? - É por isso que não podemos falar tudo para os nossos rolos. Eles ficam imaginando coisas. Sabe aquele lance de falar ao motorista somente o indispensável? Então. Você entregou o ouro e agora ela vai sempre me achar uma concorrente. Posso até me casar primeiro, mas ela sempre vai achar que eu ainda te amo. Lógico que eu te amo, mas é uma coisa mais serena e menos vilanesca.

Se você estivesse aqui hoje, e fizesse Sol, eu te levaria para a Praça do Pôr do Sol, para ver o dia morrer. E nos sentaríamos. E enquanto os tons de laranja e vermelho tingem o céu, você apertaria a minha mão, em silêncio. Eu encostaria a cabeça no seu ombro, um pouco melancólica, mas feliz porque você está comigo. Eu te faria um cafuné. Lembraria de como é tocar seus cabelos. Lembraria de como é segurar a sua mão. E a noite chegaria. E diríamos o que tem para ser dito. E cada um voltaria para o seu lugar no mundo, um pouco mais melancólico, mas ciente de que fez o possível para guardar as melhores recordações possíveis. E quando a casa caísse, soubesse que todo o conforto do mundo estaria ali. Nos meus braços. Ou nos seus. Porém, ainda é melhor ter você na minha vida do jeito que está do que não ter de jeito nenhum.




15 de junho de 2012

SMILE :) YOU'RE BEAUTIFUL


Antes de começar os trabalhos, sorria. Para si mesmo. Ou para quem esteja na mesa ao lado da sua neste momento. Ou para quem está sentado ao seu lado no ônibus. Não importa. Depois agradeça. Pelo que você tem, pelo que você é e pelo que você ainda será. Feche os olhos e agradeça. Quantas vezes você faz isso em um dia, uma semana, um mês? Ou você nunca fez isso?

Realize sonhos, mas de uma maneira realista. Como isso é possível? Coloque seu sonho num papel. Daí deixa de ser sonho e vira um plano. E essa é a sutil diferença entre sonhar e planejar. Depois você vai fazer uma lista onde descreverá o que precisa para trazê-lo para a realidade.Não importa se é fácil ou difícil. Se dê ao trabalho de descrevê-lo. Seja perseverante, porque nem sempre é fácil. Reflita se é importante mesmo para sua realização pessoal ou é apenas mais um capricho. Vá a luta. 

Quando for a um lugar que goste muito, aproveite cada momento. Não fique pensando no que faria caso quisesse voltar lá de novo. Exemplo: se você está em Floripa, mas já está fazendo planos do que vai fazer em Floripa quando estiver por lá de novo, não perca seu tempo: - aproveite agora, p@rra! Faça o que tiver de fazer já! Se você tem a oportunidade agora, porque deixar para depois? 

De vez em quando se desculpe.Seja auto-indulgente. Nem sempre dá para ir em todas as baladas hypadas. Nem sempre o cara-mais-perfeito/mina-mais-perfeita do mundo vai te dar moral. Tal qual aquela modinha do verão 2003, há momentos hi-lo na nossa vida. Dias em que há tudo de bom acontecendo. E dias medianos. E cabe a você levar na esportiva os dias medianos. E os dias difíceis também. Neste momento aplique meu conselho do primeiro parágrafo deste texto. E viva. Deixe morrer. E vá em frente! E um último conselho: divirta-se!

PS: De todas as pessoas que nos cobram o dia todo e o tempo todo: - Quem consegue ser mais cruel com a gente do que nós mesmos e nossas eternas cobranças? 


13 de junho de 2012

DAS ILUSÕES QUE A GENTE CRIA


Em dias de Sol. Em dias de chuva. Você foge. Recebe um telefonema. E foge. Para onde você vai quando a casa cai, afinal? E por que você tem tanto medo? Eu sei o que você tanto teme. E infelizmente não posso te ajudar mais do que tenho ajudado. Porque eu simplesmente não sei mais o que fazer. E o que mais eu posso fazer? Ler mentes? Ter visão supersônica? Ter um HD de 1 terabyte na caixa encefálica, ao invés de um  kg de massa cinzenta que todo ser humano adulto e saudável tem? Ou ser uma santa e te abençoar com uma milagre? Esqueci que você não crê em santos, desculpe.

Se eu te desse um tapa na cara, tal qual os educadores franceses faziam (ou ainda fazem) com seus pupilos, você despertaria? Tem um versículo bíblico que diz: - Desperta Débora, desperta!, você acordaria?

Acho que se ele te desse mil chances, você faria mil vezes do seu jeito. E do seu jeito errado.
E por mais que eu lamente essa situação de medo e humilhação, como diz meu sábio pai, Seu Elias, você faz por onde. Todas as vezes. Ele sempre confia em você. E não demora muito, você o decepciona. Óbvio que ele também erra e confia demais e participa de menos, mas isso é uma condição que você mesma tomou para si. Tudo que ele diz ou que ele pede, você diz que consegue, mesmo sem saber se poderá cumprir o combinado. E começa o jogo de tentativa e erro. Até quando?

Você parece gostar. Parece acreditar no papel de mulher-maravilha que pode tudo, que dá conta de tudo. Ser otimista não é ruim. Mas ser iludida machuca. Os outros. E a si mesma. E você criou um mundo de ilusão. Um lugar onde tudo dá certo, onde tudo é possível, onde tudo dá lucro. Pena que só você faça parte deste universo. Quem convive com você sabe que nem tudo dá certo, nem tudo é possível, às vezes temos prejuízo. Você faz ideia de quantas promessas vazias já fez ao longo da vida? De quantas pessoas deixou esperando? De quantas mentiras contou para manter sua reputação intacta? Tudo em vão. Porque eu tive a prova de que é tudo um castelo de cartas que sempre vai ruir no final. E me valendo de mais um versículo bíblico, porque não construir onde é seguro? Por que insiste em criar alicerces na areia movediça? Se você pode dizer não e evitar situações constrangedoras a longo prazo, por que dizer sim? Apenas para não decepcionar? PARA COM ISSO. Não dá para agradar a todos o tempo todo. Para de criar e alimentar ilusões. Tá na hora de acordar e tornar realidade. Tá na hora de dar o braço a torcer e entender suas fragilidades. Porque você não é a mulher-maravilha. Você é apenas uma mulher errante e pecadora, como todos somos. O que me torna diferente de você é que eu admito. Você não.

11 de junho de 2012

SOBRE SER HUMILDE



Estive pensando desde sexta-feira sobre como utilizamos a palavra humilde no nosso cotidiano. Existem pessoas que usam "humilde" para explicar suas condições financeiras, por exemplo. Vai dizer que você nunca flagrou ninguém dizendo que fulano tem uma origem humilde. Aposto que já. Fulano tem uma origem simples. Ok. Porém. Nem toda pessoa humilde é pobre. E nem todo pobre é humilde, necessariamente.

Deixe eu me fazer entender: existem pessoas ricas/cultas/bem-nascidas que são extremamente educadas. Tratam bem os taxistas, os garis, as camareiras, os empresários, as grandes autoridades. Pessoas de fino trato. Também existem pessoas que independente de sua condição financeira não perdem a oportunidade de ostentar o que possuem e o quanto possuem. E vice-versa. Mesmo que você não pergunte. Não importa se ela tem um real ou um milhão de dólares no bolso. Existe uma necessidade absurda de provar para os outros que eles são melhores do que o resto do mundo. São estas pessoas que acham que os garis, os taxistas, o porteiro, o motorista de ônibus tem a obrigação de servi-lo. E é este tipo de gente que faz escândalo no check-in, que briga no ônibus, que joga o lixo na rua e não no cesto. 


O que faz uma pessoa ser mais arrogante que outra? Seria por que ela se acha melhor que todo mundo? Ou é o medo de ela se achar insignificante demais, que a faz se tornar agressiva e mesquinha? Alguém que tem de provar para os outros o tempo tanto o quanto ela é importante e poderosa decerto tem baixa autoestima.


Tenho medo de me tornar essa pessoa que não perde a oportunidade de pisar nos outros. Por isso sempre que posso elogio os que convivem comigo, agradeço por todos os serviços que me prestam, quando reconheço a eficiência e mais que isso, a boa vontade em prestar o serviço. E fico me policiando, para ver que dias eu fui mais humilde, que dia fui mais vaidosa, prepotente. E você que me lê, o que você acha desse paradoxo? Estou certa ou errada em questionar o "ser humilde" nos dias atuais?


8 de junho de 2012

PONTO E VÍRGULA


Se conselho fosse bom, eu vendia. Não te dava. E numa quinta-feira de outono deliciosa em SP te perguntei meio sem querer querendo, quando você ia se casar. Eu ia até lhe dar os parabéns, mas a resposta que você me deu a seguir fez soar o alerta amarelo: - a minha namorada quer se casar no ano que vem, depois que eu me formar. Você leu com atenção: 
- sua namorada quer. Você não. Não agora! Você diz que tem tanta coisa para fazer, um caminho longo para percorrer...E daí por um minuto eu reconheci o homem que se empolava ao ouvir a palavra "relacionamento sério". Pelo visto ainda se empola. Ainda não quer ceder.

Casamento é meio um ponto e vírgula nos planos individualistas que todo mundo tem. Porque você começa a planejar e sonhar em conjunto. E vai descobrir o quanto você respeita os sonhos e os planos do grande amor da sua vida. E vice-versa. E se não houver respeito? E se o outro rir dos planos que você fez com tanto carinho? Eu acho que seria no mínimo decepcionante.

Espelhe-se em minha amiga Ariana, que se casou e se divorciou em exatos 13 meses. Não me lembro de vê-la tão infeliz quando estava casada. E não lembro de vê-la numa fase tão iluminada e cheia de vida agora que é uma mulher solteira! E sabe qual foi uma das razões que fez Ariana pedir o divórcio: - o dito cujo não admitia que ela fizesse planos solo. Só em dupla. 

Voltando a você, eu te acho muito jovem para casar. Você pode até dar continuidade aos seus planos, mas eu tenho certeza que você aproveitaria melhor as oportunidades senão tivesse que pensar tanto em deixá-la sozinha, livre e correndo o risco dela conhecer alguém melhor para chamar de "meu bem". E ela também ficaria mais angustiada, sabendo que você  está longe de casa, sozinho, livre e correndo o risco de conhecer alguém para chamar de "meu bem". E isso seria justo numa fase em que vocês deveriam estar, em teoria, em plena lua de mel, como diria o título daquela música da Pedra Letícia.

Meio dramático, né? Eu não gostaria de fazer algo que faria o outro feliz, mas que eu não concordo muito. Sempre digo que alguém tem que ceder, mas nesse caso ceder é perigoso.
Você está colocando sua felicidade em risco. De repente você não consegue lidar com isso e se torne alguém frustrado. E culpe o outro por isso. Mas foi você que escolheu. O outro apenas propôs. A decisão sempre vai caber a você.

Apenas respire fundo. Converse. Diga que não falta amor. Só está precisando de um pouco mais de liberdade e menos pressão. Talvez ela duvide. Lembre-se que ela tem esse direito. Da mesma forma que você tem o direito de adiar e pensar melhor. E viver os sonhos e planos que você fez. Quem leu "O pequeno príncipe" sabe que a gente se torna responsável por aquilo que cativa. Fazendo uma analogia, você o príncipe - depois de conhecer o mundo - voltará para a sua rosa - ela.

Ou então, se ainda levar jeito com o violão, mande a letra de Mais Uma Vez, do Jota Quest (alá eu me valendo do talento de dar recados com letras de música):

Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza
De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos
Conseguimos ir mais longe (...)

(...) Viva todo o seu mundo

Sinta toda liberdade

E quando a hora chegar, volta...

Que o nosso amor está acima das coisas...desse mundo (...)

(...) Eu espero, por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez!

PS: Se eu não deixei minha opinião clara, te digo: não se case agora. Case-se quando os dois quiserem. Casando agora você corre o risco de fazê-la infeliz a médio e longo prazo.
E vai acabar enganando a si mesmo. A gente tem pouco tempo nesse mundo sendo infeliz, portanto vá cuidar da sua felicidade. Porque há coisas que só a gente pode fazer por nós mesmos. E você chegou em um momento da sua vida que APENAS você pode fazer suas escolhas sozinho. Aproveite.Reflita. Decida. Comunique. E como canta a Rihanna, "live your life".




6 de junho de 2012

O CARA ERRADO



O cara errado conhece você melhor do que você mesma. Só isso explica o fato dele falar as coisas que você quer ouvir. E pior: gosta de ouvir! Ele sempre some. E sempre aparece com a cara de cachorro que caiu da mudança, pedindo desculpas, dizendo que nunca mais vai fazer aquilo e que você é mais do que ele merece.  E você derrete. Ainda mais quando lembra do corpo sarado, do gosto, do cheiro...Ou então lembra que ele é superinteligente, sexy, bem articulado. A beleza emudece. A inteligência seduz. Ponto final. E quando o combo beleza + inteligência estão juntos, danou-se!

Ás vezes queremos que as coisas sejam mais fáceis, mas nem tudo sai como planejamos. Afinal como prever o comportamento de um homem tão temperamental. Você adoraria ditar as regras, porém está rendida nas mãos dele. É tudo do jeito dele. E se fizer diferente, perde o jogo. E o cara. Vida difícil. Mas tudo o que é mais difícil é mais gostoso. Não adianta vir com opções óbvias, coisas simples. Você quer o impossível: conquistá-lo. Alguém avisa que menos é mais.

O cara errado faz mal (ao seu emocional). Mas faz gostoso, se é que você me entende. É manipulador. Quando você o critica, ele aproveita a oportunidade para inverter o jogo. Isso significa que se você estava posando de vítima dançou, porque ele inverte o jogo e te coloca de vilã da história, mas assim, de um jeitinho todo especial. E você admite um erro que sequer cometeu. Vale a pena? I don't think so.

Ás vezes você quer dividir um lance legal que rolou dia desses no trabalho, na rua, na balada.
Mas o telefone dele está na caixa postal. É, ele só te dá atenção quando quer, não quando você precisa. Eles costumam ser egoístas. A única prioridade de um tipo desses é ele mesmo. E você, é mais um troféu que ele conquistou e vai colocar na sua estante. E ai de quem ousar triscar. O brinquedo é dele, ele não brinca mas não admite que ninguém brinque.
Ordinário!

É justamente desse tipo de cara que parece que a sociedade está tomada ultimamente. As músicas parecem reforçar esse estilo de vida "eu-pego-não-me-apego-me-aceite-como-sou".
Desculpe, mas não quero aceitar. Não sou obrigada. Mas para toda regra há uma exceção:
- como você lidaria se eu quisesse jogar conforme as regras do seu jogo malvado, como cantaria Chris Isaak em Wicked Game?





4 de junho de 2012

ELE NÃO ESTÁ A FIM DE VOCÊ


Confesse: você, mulher que lê este blog (e as que não leem, também) adoram encontrar justificativas para explicar o fato daquele "cara" NUNCA te dar atenção. Eu também já fiz isso. E se pans, ainda continuarei fazendo isso (ódio!)!
Mas se você, assim como eu, cansou dessa vida bandida e quer encarar a VERDADE leia estas desculpas esfarrapadas que o boy magia anda lhe dando dia sim, outro também. E de uma vez por todas aceite: - ele não está a fim de você, sorry!
Confira abaixo a lista maldita de desculpas que ele te dá:

1) Ele diz: " a gente se vê";


2) Ele diz "a gente se fala";


3) Está sempre cansado, com sono e de mau humor;


4) Está sempre trabalhando muito e diz que não tem tido tempo nem pra dormir;


5) Se esquece de ligar para você e ainda admite isso;


6) Combina de ligar para você no final da tarde e liga depois - 3 dias DEPOIS do fim de semana;


7) No facebook dele, você lê um post de uma garota dizendo que o fim de semana foi incrível;


8) Diz que não está pronto para namorar;


9) Acabou de se separar e está abalado;


10) Prefere ir devagar;


11) Diz que está em momentos diferentes da vida;


12) Não quer estragar a amizade;


13) Namorou muitos anos e precisa de um tempo sozinho;


14) Desaparece no fim de semana;


15) Só liga de madrugada, e bêbado;


16) Diz que não recebeu seus torpedos e e-mails;


17) Não aparece em sua festa de aniversário, e nem liga para te dar parabéns.


Dezessete desculpas e uma única certeza: ele não está a fim de você. Fato. Ele prefere comer jiló a estar do seu lado. 

Créditos: adaptei essa matéria, que foi originalmente publicada na revista Women's Health de dezembro de 2010. A autora é a jornalista Mariliz Pereira Jorge. Resolvi publicar porque
adoro listas e pra variar, o assunto me interessou =D



1 de junho de 2012

DILEMA


Se eu te disser que não sei o que você quer de mim, estarei mentindo. Sei muito bem o que posso te dar. Seria certo eu me permitir e fazer o que quiser? Ou o erro estar em me privar do que quero fazer? Mas se isso fazer outra pessoa sangrar, é errado, não é?


Viver ao sabor dos seus desejos e obedecendo a todos os seus caprichos, é uma escolha egoísta. Passar a vida inteira pensando no que seria e não foi, por acaso é certo? Guardando todas as suas vontades no fundo da última gaveta.

Querer nem sempre é poder. Mas se você fica se censurando, no fundo nem queria tanto assim. Se quisesse, teria lutado mais para conseguir o que queria. Quem quer mesmo não mede consequência. Se joga. Sem medo de cair. Sem medo das sequelas desse tombo.


Apenas as tentações para colocar alguém frente a frente com seu caráter e suas escolhas.
Se você quer, é atrevido. Se você renuncia, é covarde. Inferno! Em caso de dúvida, fique onde está. Quanto mais se censurar, mais próximo do "não" você está. Agora lide com a frustração do "e se". Quanto menos você pensar, é óbvio que é "sim".
De qualquer maneira, boa sorte!