20 de junho de 2012

DISAPPEAR


Não consigo me lembrar do motivo. Ou se houve motivo, mas da mesma maneira que as coisas começam, elas terminam. Nós perdemos contato. Definitivamente. Você desapareceu.
E num rompante de raiva, ainda fiz o favor de apagar seu único telefone que eu tinha na minha agenda. Como eu sou tonta! Já faz dois anos que não sei nada de você. Mas eu gostaria de saber. Se foi promovido, se casou, se separou, se foi em frente, se deu pra trás.

Já te mandei e-mails, mas você não respondeu. Deveria me conformar e saber que, se por acaso eu não tenho mais contato, é porque você não quer mais. É tão simples, mas é difícil de aceitar. Ninguém quer ser rejeitado, é fato. E bem, eu não quero aceitar, já disse isso antes. Na verdade, eu queria é que soubesse que aqueles dias sombrios passaram. As coisas estão mais fáceis, ou vai ver foi eu que mudei o jeito de olhar para os problemas. Não importa. A mulher que você deixou não é a mesma que escreve essas linhas agora. E isso não é ruim. É ótimo.

Mas a melhor maneira de enlouquecer alguém é sumir sem dar explicações, já diria o autor Fabrício Carpinejar. Vai saber senão era isso mesmo que você queria. Me enlouquecer com o seu silêncio. Você venceu, porque eu pirei faz tempo. Agora, por favor, volte. 

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