30 de março de 2012

GIVE YOUR HEART A BREAK


Desde que rompi com James nunca mais namorei.
Não é porque eu traumatizei e me fechei para os relacionamentos. Longe disso.
Disposição eu sempre tive.
Mas a safra não tava boa e quando conheci alguém interessante, o que não demorou muito, eu ouvi uma série de desculpas esfarrapadas: "não me envolvo fácil", "não assumo compromisso fácil", "você está pulando etapas", "você está sendo precipitada", etc.
P@rra!
Bem, como eu sou inteligente (só que não) eu insisti mais. 
Mas a resposta tava tão na minha cara, tão fácil que, sinceramente, era melhor ele ter dito desde o começo. Era melhor ter sido honesto mesmo. Me arruinaria no primeiro momento,
mas eu teria me refeito depressa. Mas não. O demônio foi me dando corda, e eu muito tola,
fui me enforcando.
Resultado: se tivesse desde a primeira DR sem R que simplesmente não estava mais a fim de mim, a vida seria mais fácil para mim.

Vamos a segunda vez que isso aconteceu. Era primavera, o guri não era da faculdade, não era indicação de amiga. Havia descoberto aquela joia por conta própria, enquanto estava perdida na Zona Oeste.
A gente ficou uma vez. E a ficada acabou sobrevivendo após o combo dormir no cinema + babar no colo do rapaz + cair na escadaria no fim da sessão (bem, se você tiver lendo isso, já pensou: depois dessa tu não arruma mais nada, diaba!). Pior: ele havia mencionado a palavra maldita "namoro".
Pois bem, no segundo encontro, beijinhos pra lá, beijinhos pra cá. Uma adorável e escaldante
tarde de verão no Parque da Independência porém...
... Dani, a gente precisa conversar.
- Sobre?
- Sobre nós?
E eu toda desconfiada, e com razão, como viria a descobrir mais tarde.
- É. - ele disse, olhando para os pés ao mesmo tempo que passava as mãos na cabeça.
Eu olhava para ele de soslaio, até que ele cuspiu as palavras: - eu não posso namorar com você. Acho que você tá na pegada de lance sério e eu não posso te iludir a respeito. Não posso te dar algo que ainda não tenho para oferecer.
Nessa hora tenho de usar aquela expressão que eu tanto amo "meu estômago despencou para os pés". Eu estava sem emprego, sem dinheiro e sem amor. Que ótimo. 
Ele continuou apresentando suas razões: tinha acabado um namoro há dois meses, ainda tinha esperança de voltar com a mina, não queria me arruinar (entenda-se me levar para a cama) como os amigos dele faziam e etc.
Eu, sem um pingo de dignidade, ainda pergunto: - a gente não vai nem ficar, nem se beijar?
E ele, meio tímido: - não, mas eu quero continuar a amizade.
Eu meio descrente: - vamos tentar.
E tentamos. Naquela mesma tarde nos divertimos como nunca. E nasceu sim uma amizade incrível, até perdermos contato porque...Ele arrumou uma namorada (eu suspeito) !!!!

E a terceira vez aconteceu recentemente. Com o tempo me deixando cada vez mais farta, fria e cínica, mas sem perder a ternura, fui a um encontro inocente.
(Nota: nos dois casos acima, como a garota que estava há anos sem ir num dating, eu cometi a heresia de ir sem make. E com chinelinho de dedo, cúmulo da desencanação).
Voltando ao último caso: fui eu ao dating, de chinelo de dedo de novo, mas trabalhada no Vanilla Lace, da Victoria Secret (pra mim tem cheiro de massa de bolo, mas eu uso para agradar os boys magia, fazer o quê), com uma cor sutil nos lábios, enfim, tava sexy no estilo Dani way of life.
Enfim, fui na boa. Era um encontro. Mas ao mesmo tempo não era. 
Durante o filme, o moço me olhava de um jeito tão desconcertante...Eu olhava de volta, mas desviava o olhar quando percebia que o clima ia esquentar, sabe se lá porquê.
Num dado momento, o moço aproveitou e agarrou minha mão. E ficamos de mãos dadas, 
como nesse trecho do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas: "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco [...] pegando-se, apertando-se, fundindo-se."
Bem, depois de muito charme e um ar blasé da minha parte, nos beijamos.
Saímos de lá e ficamos tagarelando animadamente, até que na hora de ir embora, o moço me diz: - Não estamos namorando, tá?
E Daniela, delicada como um elefante numa loja de porcelana Ming:
- Quem falou que eu quero namorar com você?

Houve outros encontros, outras pessoas, outros mistérios.
O primeiro caso que narrei foi o mais dolorido e difícil de aceitar o fora porque...Me apaixonei. De verdade. E quanto mais eu me aproximava, mas eu era rejeitada.

Em todos os casos fiquei cabreira porque os moços sempre defenderam seus argumentos como se eu fosse uma guria que não servisse para ser namorada. Como se eu servisse 
para ser "lanchinho". Agiam como se eu tivesse posto uma arma na cabeça deles e exigisse que eles fossem meus namorados. Ameaçados. É assim que eles se sentiam.
Me considero (nos dias de bom humor) uma guria meiga. Ainda mais com os boy magia.
Na época do primeiro caso eu falhei horrivelmente, e hoje sei que dentre outras coisas, ainda
não havia processado a perda de James. Aquele cara era a pessoa certa na hora errada.
Ele percebeu isso. Eu não.
Por outro lado, dá uma vontade de pegar esses infelizes pelo colarinho, olhar no fundo do belo par de olhos castanhos que cada um dos três tem e perguntar: - escuta, você não tá se dando muita importância não, rapaz? O que te faz pensar que eu quero namorar com você?
Fui esnobada? Sim, mas alfinetei. 
Esse gostinho ninguém me tira.

Na primeira e segunda vez não disse isso, mas na terceira vez foi irresistível.
Cruel? 
Sim. Mas quem foi cruel primeiro?
Os guris hoje (e sempre) parecem querer o melhor de dois mundos: - querem a mocinha bem-predada e fria pra casar e a quente, porém sem talento para as prendas domésticas para os momentos mais hot. Cada escolha, uma renúncia, já cantava o Chorão. 

E quanto a mim? Bem, enquanto flerto bastante e com o coração aparentemente "blindando",
vou dando um tempo ao meu coração, como o diz o título deste post. E faço muito bem.














29 de março de 2012

INFÂNCIA



Ser mãe significa ter resposta para todas as perguntas.
TODAS mesmo.
E isso ficou claro para mim sábado passado, enquanto aguardava na fila do açougue.
Segue o diálogo:
- Mãe, o que é bisteca da copa?
- É...
O menino deveria ter aproximadamente cinco anos e antes que ela pudesse responder,
ele já emendou outra pergunta:
- Mãe, o que é a bisteca do lombo? Por que tem bisteca de lombo e bisteca de copa?
Qual das duas é melhor? Por que tem linguiça calabresa e linguiça de frango?
- Gabriel, a linguiça da copa e de lombo correspondem as partes do corpo do porco.
- E lombo é que nem pernil? - e para expressar o quão achava o pernil grande, abriu os bracinhos como quem esperasse o abraço de alguém.
Enquanto a mãe respondia ao seu pequeno Gabriel, ao mesmo tempo me lançava olhares cúmplices, uma vez que eu acompanhava o diálogo sem um pingo de cerimônia.
Gabriel me fez lembrar o Zequinha do Castelo Rá-tim-bum, tamanha era a velocidade das suas perguntas, comparadas as respostas que a mãe lhe dava.
Quando simplesmente não conseguia responder, ela apenas sorria e lhe acariciava os cabelos.
Ela poderia mandá-lo se calar. Beliscá-lo. Mas escolheu a paciência, a ternura de seus gestos e sorrisos. 
Tantas vezes já vi crianças enchendo a mãe de perguntas e, de maneira brusca, sabe se lá porque, a mãe dizia que o filho era chato, falava demais, se questionava porque ele não ficava quieto (a), etc.
Não acho certo usar rispidez com crianças. Ainda mais quando você é a mãe da criança.
Nos primeiros anos de vida, a função da mãe, dentre outras coisas, é apresentar o mundo para seu filho. Essas mulheres ríspidas, que nem se constrangem de ignorar os questionamentos
de seu filho em público, ou até mesmo humilhá-lo em público, será que se consideram boas mães? Ou já pararam para pensar no tipo de ser humano que elas estão entregando para o mundo?
E tamanha rispidez, seria uma maneira de extravasar que as coisas caminham mal em outros setores de suas vidas?


PS: eu não sou mãe, mas acredito que quando tiver meus filhos, os criarei com doçura e limites, obviamente. 

28 de março de 2012

WE (DON'T) BELONG TO ME

(FONTE:SXC)


" Eles sempre vão ser nossos. E nós sempre vamos ser uma parte da vida deles. Parte que eles lembram suspirando, diga-se de passagem, só não admitem!"


Nunca pensei que eu fosse dizer isso, mas eu disse. Quando a Lia se referiu ao "desgraçado" como se ainda fosse seu. Acho que ainda é. Ou nunca deixou de ser.


Poderia ser?
Talvez sim. Talvez não.


Quanto Lia e Dê se dedicariam a isso? Entenda-se pertencer um ao outro e parar de disfarçar suas verdadeiras intenções.


Deixemos essa resposta para o futuro, até porque Lia é uma guria bem- resolvida.

Falemos de mim. Sou covarde demais para ser como Lia. Quando chega no ápice da situação, da raiva, de decidir, eu me recolho à minha insignificância. Penso que meu tempo é precioso demais para perder com gente que não me merece. E nessas de " me dar valor " fico pensando: - valeria a pena virar a mesa no que diz respeito ao meu coração?
Ou é mais seguro varrer as minhas decepções para debaixo do tapete?

Me corrigindo: talvez eu não seja covarde. Talvez seja orgulhosa. Talvez seja um pouco dos dois. 






27 de março de 2012

FINA ESTAMPA...PERO NO MUCHO


Daí que Fina Estampa terminou e tirando o fato que Crô ficou rico e Antenor se redimiu e salvou Griselda, que final de novela mais cretino foi esse, gente?
(A bebê Vitória ficou com Esther. Óbvio. Só Beatriz Lobo e a lunática da Celina acharam que
poderiam ter a guarda da criança. Ainda mais que Bia doou os óvulos ciente do que estava fazendo. Outra coisa que me incomodou, mas não sei se foi só eu que achei: se a Glória não tivesse dado com a língua nos dentes, ninguém ia saber quem eram os pais biológicos da Vitória. Logo, quem foi mais antiética: Danielle, que manipulou a fertilização, mas não ia falar pra ninguém? Ou Glória, que quis fazer a boa samaritana e deu no que deu?)


Não basta eu ler críticas comentando a respeito do quanto foi nonsense. Eu tenho que dar minha opinião. Agnaldo Silva que me perdoe, mas parece que ele ficou com preguiça, sério.


Ou então eu que sou besta por levar a novela a sério e não captei a grande piada que ele fez em seu folhetim, que diga-se de passagem, no início arrebatou a audiência.


Vou listar tudo que eu achei estranho:


1) Celeste e Baltazar terminaram mal-resolvidos mesmo. Precisava de um ultimato. Colocar
o cara para morar em sua casa como se fosse uma pensão é desmerecer o talento de
Alexandre Nero e Dira Paes. Eles mereciam Gran Finale!


2) O Pereirinha (Zé Mayer) foi inútil a novela inteira. Me diga algo de relevante que ele fez, tirando saciar os desejos de Tereza Cristina por robalos?


3) A novela terminou e desistiram de perguntar de onde a Teodora tirou tanto dinheiro, notaram?


4) E o núcleo do menino Pedro Jorge? Ele terminou com a avó megera, Celina, que não se redimiu, mas teve de engolir o Sr. Henrique ter rompantes de personalidade e sensatez, confere produção?


5) Delegado Paredes termina seus trabalhos num esquema "a arte imita a vida": ele sabia que Teresa Cristina era culpada, mas não tinha provas, então não prendeu-a. 


6) Não tiveram desfecho (ou eu não vi, ou dormi, ou sei lá): Deusa, Gigante, Joana/Marcela, Isolina (a vovó tarada), Nanda e o salva-vidas (o casalzinho da praia), Glória, Edvaldo, enfim, o povo da pousada então, nem se fala. Figurantes de luxo?


7) Albertinho tinha toda uma mágoa dentro de si que...não foi desenvolvida. Af.


8) O povo do Brasileiríssimo, em especial Sev e Clara cuidaram dos comes e bebes do casamento de Juan e Letícia e...quedê desfecho? Severino não poderia ter se formado?
Clara não podia ter sido promovida?


9) Rolava uma tensão entre a filha da Letícia e o filho do Juan. Eles continuam "tensos" ou 
assumiram o romance?


10) Letícia foi a noiva mais feia que já vi em minha vida. Sério. Como pode alguém ser linda dando aulas e no dia de seu casamento ser tombada desse jeito?


11) A gente não saber quem foi o amante de Crô foi demais pra amizade, hein?


12) Tereza Cristina merecia ter um final mais digno. Pintar o cabelo dela de preto asa-de-graúna e colocá-la pra rir da cara de Griselda não me divertiu em nada. Fiquei foi na expectativa de uma spin off, isso sim!


13) Luana e seus dons não prestaram pra nada, hein? Apenas pra infernizar a vida do povo da pousada. Nos capítulos finais, ela podia ter prevenido os ataques de Teresa, ter ajudado o
delegado Paredes, mas não rolou.


14) Renê Jr terminar ao lado da Sereia do Pedaço foi forçado. 


E que venha Avenida Brasil, que já conquistou meu coração por dois motivos:


1) colocar "Dança Kuduro" na abertura da novela;


2) tem Camila Morgado no elenco. (ela é ruiva, e fazendo comédia, me diverte bastante)


PS: desculpem erros de concordância e ortografia :P



EU QUERO... UM LISO PERFEITO!


(Este post chega com atraso, porém como para boas dicas não existem atraso, resolvi publicá-lo).
A maioria esmagadora das minhas amigas cederam a praticidade e ao visual "rica" que o cabelo liso proporciona. Pensando nisso eu tomei a liberdade de publicar um pedaço de uma matéria da revista Criativa publicada em agosto de 2010 para dar uma forcinha nos cuidados com os cabelos.
Tem produtos para todo os gostos. E bolsos. 


Como conseguir manter seus cabelos lisos: use xampu e condicionador antifrizz, que ajudarão a manter os fios disciplinados. Antes de começar a secar o cabelo, aplique um produto que proteja do calor e ainda reforce esse efeito disciplinador. Por fim, utilize a escova certa.” As de madeira com cerdas naturais são as melhores, pois evitam a eletricidade estática do cabelo”, indica Marcos Proença.Outra opção é fazer escovas definitivas e relaxamentos (isto é, se você ainda não fez), como aqueles à base de tioglicolato de amônia.” São processos químicos mais suaves e que deixam o cabelo mais natural”, afirma o especialista.
Como cuidar: tanto para quem faz escova como para quem aplica algum tipo de tratamento químico, a hidratação é essencial.”Ela deixa os fios com a cutícula fechada, o que evita o visual espetado”, diz Marcos Proença.
Na prateleira ou na nécessaire, confira a seguir a lista de produtos entregam o liso dos sonhos:

Lótus shield eliminador de frizz (Avon) : forma um escudo nos fios que protege a escova da umidade.


Quanto custa: R$19,90

Tratamento Preventivo Pré-Styling (Pantene): A fórmula com silicone protege os fios dos danos da chapinha e do secador.

Quanto custa: R$8,90

Shampoo Natura Plant Liso e Solto (Natura): Possui lisina de hibisco, substância que ajuda a hidratar e restaurar  os cabelos que passaram por alisamento.



















Quanto custa: 9,90

Néctar Termique (Kerastase): É ativado pelo calor da chapinha ou do secador e forma uma película que protege os cabelos.


Quanto custa: R$104,00

Shampoo Revitrat Nutri Liss (Dermage): Contém silicones especiais que controlam o frizz.


Quanto custa: R$31,00

Xampu Equilíbrio dos Fios (O Boticário Nativa SPA): Indicado para cabelos com escovas progressivas e alisamentos, prolonga o resultado liso dos fios.


Quanto custa: R$19,90

Serum para Pentear Clima Resist (Seda): Com filtro UV e agente condicionante que forma uma película protetora nos fios.


Quanto custa: R$9,50


Espero que tenham curtido!
Aceito sugestões para os próximos posts =D


26 de março de 2012

SOBRE APEGO





Eu sou muito apegada.

No início da adolescência, lembro que era apegada às minhas bijouterias.
E um dia, muito infeliz por sinal, meu irmão insistiu para irmos jogar bola num campinho perto de casa.
Eu fui. E esqueci de tirar uma gargantilha de continhas pretas e pingente de estrelinha que usava.
Adivinhe: - perdi a gargantilha durante o bate-bola.
Ao voltar para casa e colocar a mão no pescoço, quedê gargantilha?
Daí voltei no campinho e fiquei procurando que nem tonta, mas não achei.
Fiquei muito desapontada, na época.
Foi nesse momento que desapeguei de bijouterias.
Desapego num nível que, se usava uma pulseira, era porque alguma amiga ou minha mãe me davam.
Brincos, idem.
Quando tinha uma festa para ir, para desgosto de minha mãe, recorria ao arsenal dela.
Ela emprestava, mas temerosa de que seus estimados adornos não voltassem mais para casa.
O tempo passou e uma vez ganhei um relógio da minha madrinha.
Um Champion prateado.
E desde julho de 2003, o meu pulso esquerdo carrega um relógio.
Usar relógio nos dias de hoje é uma coisa meio vintage, retrô, afinal, os celulares tem relógio.
Tem gente que não gosta de usar relógio.
Mas eu gosto. Para ter noção de quanto estou atrasada.
Houve uma época da minha vida que não usava brincos. Houve épocas da minha vida que, sem brincos me sentia nua.
Atualmente, uso brincos. Que Rôsinha me deu. 
Voltando ao apego, posso citar as coisas que não posso ficar sem:
- sombra dourada;
- colônia;
- revistas;
- relógio;
- celular.
Tire alguns desses itens de minha vida, e verá uma pessoa perdida em sua frente.
(as revistas, houve épocas de minha vida que fiquei sem grana, e me resignei em ficar sem elas, admito)
Dia desses esqueci a marmita em casa. Fiquei meio chateada, mas fiquei aliviada. Antes a marmita do que o celular, não é verdade?

14 de março de 2012

À FRANCESA

                                                              Créditos: Direitos Reservados


Chega uma hora na sua vida que você cansa.
Cansa porque parece que a brincadeira ficou fácil demais. Você domina esse jogo. Sabe o detalhe de cada fase, o que tem de fazer para resolver aquele impasse, enfim. Se sente à vontade. Você é a dona do jogo.
Só que uma hora isso cansa.
De repente você para e se pergunta senão vão te dar um novo desafio, uma meta nova
para bater, ou ainda, um bônus para compensar o seu desempenho.
Só que o bônus não vem.
Vem o ônus. Por você ser tão bom, você deve dar conta de tudo e, principalmente, ser a prova de falhas. Um erro e tudo o que você construiu até aqui vai ruir como um castelo de cartas.
Não sei se vocês entenderam, mas estou falando de vida corporativa.
Da minha vida atual. E da sua também, se pans.
E eu estou cansada.
Sim, eu estou tão cansada, como na letra de Vapor Barato.
E eu quero novos desafios. Que me façam crescer, me ponham para quebrar a cabeça matutando até encontrar uma solução.
Não fazer as tarefas alienadas de sempre. Ou as tarefas absurdas de sempre que não levarão a lugar nenhum. Esse joguinho já me cansou e, caso eu jogue, é no piloto automático.
Porque é fácil demais e eu dou conta.
Tenho sede de mudanças. Talvez seja porque seja um ano cinco para mim, segundo a Numerologia. Cinco é o número da mudança. Talvez por isso eu quero derrubar paredes, jogar coisas fora, trocar o figurino, ler outros blogs, escrever sobre outros assuntos.
A mesma Daniela de sempre, mas de um jeito diferente. Encarando o empirismo de braços
abertos.
O horóscopo 2012 da Revista Cláudia aconselhou: mergulhe, mas volte para a superfície
depressa. 
Eu percebo em outras amigas, como a Lia, a Ariana e a Marcinha, a mesma vontade de mudar de ares, fazer coisas novas, ter mais autonomia.
E a gente só consegue essas coisas...virando a mesa!
É radical? Sem dúvidas!
Mas não precisa ser de uma vez.
Vire a mesa sutilmente. Prepare o terreno.
Você me pergunta: Como?
Deixe que eu respondo: tenha um plano B. Ative seu networking e senão tiver um, trate de ativar. Descubra suas habilidades. Peça feedback. Procure novas oportunidades. E não esquente, porque se você plantou, não tenha dúvidas, você vai colher. 
E se não surgir nada de novo? E se tudo continuar da mesma maneira e você não suportar mais o escritório, subestimar a inteligência de seus superiores?
Tenha paciência. Faça o seu trabalho SEMPRE da melhor maneira possível. Virar a mesa
não significa ser incompetente.
Se ninguém te oferecer nada, não se acanhe.
CRIE a sua oportunidade! Faça o que você tem vontade de fazer. Saiba o que você quer fazer, antes de tudo. Eu duvido que alguém que cruzar o seu caminho ficará indiferente
aos seus planos.
Espere o tempo que julgar suficiente para você. Se nada mais der certo, apenas faça.
Você não vai se arrepender. 
Vire a própria mesa. Mas vire à francesa!

4 de março de 2012

SUMMER.AUTUMN

                                                    Autor da Imagem: Direitos Reservados




Não preciso saber seu nome. 
Tampouco saber de onde você vem.
Ou para onde você vai.
Eu também não quero, por enquanto.
Que você saiba meu nome.
De onde eu venho. Ou para onde eu vou.
O que eu sei é que desde a primeira vez que te vi, não consigo
prestar atenção em mais nada. As coisas caem das minhas mãos
inesperadamente. E eu apanho o que caiu imediatamente. Mas o
meu olhar curioso e encantado, não consegue desviar de você.
Eu não quero tirar meus olhos de você.
Eu não quero que você me faça perguntas.
Desde que você me leve, quero ir com você para qualquer lugar.
Não quero chegar ao meu destino, se isso significar te dizer adeus.
Eu espero que a gente se veja em breve.
Eu quero que o mistério dure até a curiosidade me vencer.
Não precisamos trocar uma palavra sequer para saber que estamos
encantados um pelo outro.
Nossos olhares quando se encontram, falam por si.
E admito, é por este tipo de entendimento, que não depende das palavras
para acontecer, é o que desejo para mim.
Mais uma paixão de verão que não resistirá a amenidade do outono.
De onde você vem?
Para onde você vai?
Pode ter certeza que é que eu vou te encontrar.