6 de dezembro de 2013

SE SENTIR


Quero me sentir em paz ao fim do dia.

Quero pegar cada um dos meus planos ao final do expediente e voltar com eles para casa e executá-los.

Quero fazer o extraordinário todos os dias.

Quero que quem quer que esteja do outro da linha saiba que eu me importo.

Quero mudar de perspectiva.

Quero que seja fácil.

Preciso ser sábia.

Destemida.

Me decidir.

Não preciso que tenha medo por mim, eu já tenho o suficiente.

Mas eu sigo adiante, tropeçando nos meus próprios passos, rindo das minhas desgraças, celebrando as minhas conquistas.

Eu sorrio para o mundo.

O mundo sorri de volta.

E eu me sinto bem.


4 de dezembro de 2013

(DES)CONVIDADA



Senão era para fazer parte da sua vida, por que me convidou, afinal?
Eu podia estar levando a minha vida sossegada, lendo meus livros e revistas, comendo meus brigadeiros gourmet, mas você não quis assim. Nem eu. 

Porque se eu bem quisesse, poderia ter dito a verdade: eu sou simpática assim mesmo e de fato você é bonito, admito. Não estava flertando, me desculpa. O que pensei ao ouvir sua escolha minuciosa das palavras para não me assustar e me dizer que me achara interessante: por que não?

Não sei o que você esperava de mim, de verdade. Nem é minha culpa sua projeção. Sendo racional, eu entendo que da mesma forma que me achou interessante, eu posso ter deixado de ser ao seu ponto de vista. Mudar de ideia é uma regra do jogo, porém em alguma parte do processo eu ignorei as regras. 

Se era para ser "liquid love" não deveria ter me pego pela mão e apresentado suas qualidades, seus defeitos, seus erros, seus acertos. Não deveria ter aberto a porta da sua casa. Sua casa. Por conta dela que nossos destinos se cruzaram em uma manhã de fim de inverno. 

Um encontro feliz. 
Ou infeliz. 
É um questão de ver o copo meio cheio ou meio vazio.
Insisto em ver o copo meio cheio. 

Eu não sou fácil.
Você não é fácil, admito.
Ontem a gente tinha boa vontade.
Hoje a gente tem indiferença.

Cadê aquela empatia dos velhos tempos? Seria possível resgatá-la em alguma parte do jogo sem regras em que resolvi brincar?

Enquanto os dias passam.
Eu sei que dói mas não mata.
O tempo vai passar.
Você vai ser tornar uma lembrança boa.
Um bom capítulo da minha história, mas que podia ter sido um livro, um filme. 

O que você quis de mim, afinal?
O que você tanto procura, algumas certezas?
Perdão?
Expiar suas culpas por crimes que nem cometeu?

Mesmo que eu saiba as respostas, não vou lhe dizer.
Fui desconvidada da sua vida.








2 de dezembro de 2013

VERMELHO


Na verdade era para ter entregue este texto junto do seu presente de aniversário, mas não foi possível por motivos de: pura e simples falta de tempo. E inspiração. E acho que você deve ter se perguntado: por que raios alguém dá de presente um batom vermelho?

Não tem nada a ver com autoestima. Ou uma mensagem subjetiva para tornar-se mais vaidosa, mas é uma mensagem. Paradoxal, não é?

Fiquei pensando dias e dias em um presente, mas apenas a convivência virtual não dá pistas (agora sei que algo relacionado a The Big Bang Theory faria sucesso. Ou Alexandre Nero). 

As longas conversas sobre a complicação de se relacionar com o sexo oposto. 
As expectativas em alta. 
Em baixa. 
A raiva. 
O desapego. 

Tantas emoções em tão pouco tempo e perceber que Pablo Neruda tinha razão em dizer que o amor é curto, mas o esquecimento é longo. E doído. 

Pensando em tudo isso, percebi que eu te daria um presente com significado, já que o presente da confiança não está à venda. Então minha mente se iluminou: um batom vermelho!

Vermelho para:
Acender o verde do seu olhar;
Para um novo ciclo que se inicia;
Para causar;
Para se apaixonar;
Para ser ainda mais apaixonante;
Para celebrar os novos tempos;
Para tudo o que você desejar.

Bem, agora você sabe quais são meus votos. 

Ah, uma última consideração: Derrube esses muros e construa as pontes. Não precisa ser de uma vez. Não vai ser fácil. Mas o importante é caminhar. Então, comece. Você sabe que tem meu apoio.





8 de novembro de 2013

FALSA PROTEÇÃO


Me protejo tanto na tentativa vã de não me machucar que mais cedo ou mais tarde vou acabar me machucando. 

E de que adiantou tanta proteção, se agora sou toda mágoa?
Odeio falar aquele maldito e se pudesse ter sido diferente. 
Mas podia ter sido, afinal. 
Não foi porque eu não quis.

Abusei da sorte.
Da sua boa vontade.
Da sua urgência.
E de tão ausente, deixei de fazer falta.










6 de novembro de 2013

SOBRE UNIDADE



Os homens não prestam.
Os homens são todos iguais.

As mulheres não prestam.
As mulheres são todas iguais.

Isto não é uma afirmação.
É um convite a reflexão, apenas.

Uma experiência ruim não pode colocar as próximas a perder.
Somos seres únicos. 
Podemos ter alguma semelhança física, mas no fim das contas somos todos diferentes.

Cada um traz consigo o seu fardo, a sua história, as suas alegrias e suas culpas.

Não acho justo ser julgada e punida por algo que a Maria fez. Assim como não posso julgar o João por uma mancada que o Pedro deu.

Essa mania inevitável de trazer para o presente as mágoas do passado é o pior tipo de sabotagem que pode ocorrer com alguém. 

Como ser livre, leve e solto se a todo momento você se coloca em uma prisão invisível? 
Como ser feliz se a todo momento você espera pelo pior do outro, por melhor que as coisas
estejam? É justo consigo? É justo com o outro?

Às vezes a mágoa é tão profunda que não percebemos os muros que construímos ao nosso redor. E talvez sejam esses muros que impedem pessoas bacanas de se aproximar. Porque
semelhante atrai semelhante. E no final você colhe tudo o que semeou.

Então plante amor. 
Quando falo amor, não digo o único amor que a sociedade parece conhecer, que é o amor carnal e heterossexual.

Digo amor por si mesmo.
Cuide de si com mais carinho.
Saiba se fazer feliz.
Porque só quem sabe ser feliz sozinho saberá fazer outras pessoas felizes. 

4 de novembro de 2013

O PRESENTE DA CONFIANÇA


Me pediu ajuda. 
Me pediu sinceridade.
E eu achei que hoje, segunda-feira, é um bom dia para atender ao seu pedido.

Não escrevi no fim de semana porque talvez não goste do que eu vá dizer, então pelo menos terá um tempo para lidar com meu veredito. E resolvi escrever aqui para que possa recorrer a este texto sem senhas, e para que eu possa ajudar outras pessoas na mesma situação que se encontra.

Te defino como sensacional, perspicaz, dedicada e sempre disposta a tornar os processos mais simples. Valorizo isso como uma futura empreendedora e como alguém que observou funcionários indo e vindo em um emprego anterior. Você toma os problemas para  si e busca resolvê-los, sem titubear. Enfim, você é profissional. Ponto.

Talvez algumas situações desagradáveis tenham feito você se sentir inferior, inadequada ou que não servia mais para estar onde está agora. Cadê sua confiança? É muito gostoso ter pena de si mesmo. É uma delícia. Mas não é isso que te fará crescer como profissional. Ou como pessoa. 

O buraco é bem mais embaixo. É uma questão de acreditar em suas qualidades. Já te disse uma vez e repito:  um mau passo não pode pôr por terra tudo de bom que já foi feito até aqui. 
Confie em si mesma.

Reprimendas são comuns e de praxe. Somos humanos, somos falíveis. Para que você possa colocar a sua cabeça no seu travesseiro à noite e dormir o sono dos justos, é necessário que aceite as suas falhas. Fazer o melhor possível todos os dias você faz, não tenha dúvidas. E é o que tem de ser feito. Porque se der errado, é porque nem sempre sai como o planejado. Não é sua culpa. Se concentre mais em seus acertos e pense menos nos erros.

Acha que falhou em algo? 
Peça um feedback e parta para o próximo desafio, só não fique magoada.

A gente precisa de desafios, sair de nossa zona de conforto. Uma vez confortáveis, passamos a agir no piloto automático e sem querer podemos nos tornar negligentes. Se sentir a desmotivação bater, não espere um milagre acontecer. Solicite uma reunião, exponha seus pontos de vista, mas não fique de braços cruzados apenas se lamentando.

Se nada disso der certo, é hora de ser feliz em outro emprego =D

PS: procure por atividades que farão você se desligar do trabalho, afinal seu expediente é no horário comercial e uma vez que fechou a porta após um longo de trabalho, você tem liberdade para ser o que quiser.










25 de outubro de 2013

À PROVA DE MÁGOA (NOT)


Talvez eu não seja tão forte assim quanto achei que eu fosse. Quem nunca cometeu um engano afinal? Ou percebeu diante de uma dificuldade que não estava pronto para lidar com os fatos. Você já se ralou em todas as pedras do caminho mas isso não significa que no próximo tombo vai doer menos. Ou mais. Tudo vai depender de como você está. Da importância que você dá ao pequeno fracasso.

Sim, hoje eu dei mais importância. Respirei fundo. Tamborilei impaciente os meus dedos na mesa. Fiquei em silêncio para não me derramar em lágrimas de humilhação. Não foi nem bom, nem ruim mas eu mantive o controle. Como diria uma guru, eu não me entreguei. Uma vez que você se entrega, você se entregará sempre. E vai ser mais fácil jogar a toalha no primeiro desconforto.

Isso não significa que chapei meu melhor sorriso no rosto. Mas quer dizer que fiz o que tinha de ser feito porque a rotina é boa, afinal. Ela é segura. E é maravilhoso voltar para o seu dia a dia, para o arroz com feijão depois que tudo dá errado, uma tragédia ocorre de repente ou apenas algo que te tire do eixo. E é através da rotina você acaba esquecendo o seu fracasso e levando a vida adiante.

13 de outubro de 2013

ENQUANTO MEU TELEFONE NÃO TOCA...


...fico me perguntando afinal o quê mesmo precisamos tanto conversar? E se é tão importante assim ter essa conversa, por que não podemos nos encontrar? 

Acho crueldade querer conversar com alguém que sempre declara ter aversão a falar por telefone. Alguém que é péssimo falando. Seria uma tentativa de tentar me vencer argumentando, uma vez que você sempre se sai bem falando? Deve ser.

As coisas não deveriam ser desse jeito. 
Não deveria me sentir tão intimidada.
Curiosa.
Medrosa.
Medo que suas palavras estraguem as ilusões lindas que eu cultivei no meu jardim.
Medo que as minhas palavras destruam tudo o que resta entre nós.
Se é que resta.



11 de outubro de 2013

(IN)CERTEZAS - (OU AINDA: AUTOAJUDA DO MÊS)


Eu sei que em alguns dias vai dar tudo certo.
Em outros dias vai dar tudo errado.
O que me resta é fazer tudo da melhor forma possível.
Pois vou ter a certeza de que fiz minha parte.

***

É sempre melhor se arrepender do que fez.
Nada é mais angustiante do que viver se perguntando como teria sido.

***

Se você tem uma dúvida e termina com "não estou pronta (o), o que devo fazer?", acredite, você já tem uma resposta: não. Ou está pronto. Ou não está.

***

Está dando tudo errado agora, mas depois você vai se surpreender e perceber que as coisas não poderiam ter se saído melhores. Basta acreditar. E dar um tempo para tudo que há de bom acontecer.

***

Seja paciente quando alguém que você gosta te machucar. A dor consegue se proporcional ao tamanho do que se sente. Descobri isso da pior maneira possível. Esteja pronto para perdoar e lembre-se de que o prazer de estar junto não pode ser maior que a tristeza ou uma mancada. A raiva não é permanente.

***  

Pare de se preocupar com a opinião dos outros e leve as suas em consideração. No fim você percebe que a palavra final cabe a si mesmo. E o arrependimento é para sempre.

***

Você vai se decepcionar mais dia, menos dia.
Decepcionará alguém.
Porque é assim que é.

***

Expectativas são expectativas.
Mude suas perspectivas.
Deixe a vida te surpreender.
Prove outros sabores.
Mude o caminho.
Desafie-se.









9 de outubro de 2013

O VAZIO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS


Esse talento de descobrir coisas que me lembram você e simplesmente sentir o coração se aquecer, como se de repente fosse verão no meu peito. Eu me odeio por perceber que os dias passam e por mais coisas que eu tenha para fazer, os meus pensamentos me direcionam até você como se eu dependesse disso para sobreviver. E sim, adoro pensar em você. Lembrar cada tirada, cada toque, o timbre da sua voz, saborear cada gesto como um enólogo avaliaria vinhos nobres.

Pode ser uma música, um perfume, um livro, um filme. Qualquer coisa. Lá estou eu pensando em você. Implorando por uma mensagem de texto ou desejando ouvir sua voz desesperadamente, como se este fosse o último dia da minha vida. Me condenando por ser tão adolescente, tão passional, tão covarde, tão apaixonada. (Me condenando) Por gostar de quem não gosta de mim.

Mesmo trilhando os caminhos mais tortos e vencendo os obstáculos mais difíceis, no fim da estrada sempre me dou conta de que faço tudo errado para refletir um minuto e perceber que você tem o mapa certo para eu traçar as rotas da minha vida confusa e colocar ordem no caos.

Você comete os mesmos erros que eu. Tenta ser tão ponderado como eu, mas acaba se atrapalhando todo e se doa por inteiro. Quer se levar a sério mas acaba desistindo e rindo da grande piada que a vida se tornou. Se nega a dar o braço a torcer. Fala pausadamente para explicar seu ponto de vista. Eu gaguejo como poucos para defender os mesmos pontos de vista, então por isso escrevo. Luta com a agenda há anos, e assim como eu falha miseravelmente.

Será que estamos levando muito a sério aquela oração que pede períodos de paz e paixão alternados, como se estas fossem chuva e Sol? Uma precisando da outra para dar sentido à existência, afinal. Reconheço que a calmaria é boa para colocar as coisas no lugar, tentar organizar a vida, mas a paixão também é fundamental para se sentir viva. Colocar em xeque todas as nossas certezas. 

Mas longe de você me sinto refém de lembranças. Minto para mim dizendo que fui eu que mais uma vez dourei a pílula. Nem foi tão bom assim. Eu que não soube aceitar o fim. Ao mesmo que sou a refém, sou a culpada de um crime que nem cometi. Me acuso de erros que nem sei se cometi. Resumindo: não consigo aceitar. O tempo ajuda a esquecer, e o dia a dia vai continuar me assombrando, até o dia que simplesmente tudo isso irá desaparecer. Até mesmo eu desaparecerei. E só restará o vazio de uma mente sem lembranças. 

7 de outubro de 2013

DON'T


Recebi alguns caracteres me informando que, por não saber dizer não para algumas pessoas, estava se retirando da minha vida por uns tempos. Até reproduziria as palavras exatamente como foram escritas, mas a mensagem deletou-se em mais uma pane do meu celular, mas o significado daquelas palavras se tornaram inesquecíveis por uns tempos. 

Foi algo como "estão acontecendo coisas importantes na minha vida, pessoas interessantes foram se aproximando. E eu não soube dizer não". E foi eu que paguei o pato por você não saber dizer "não". 

Poderia fazer esse post choramingando como sempre, dizendo que a vida é injusta e - oh, como eu sou injustiçada! Errado! 

Por que é tão difícil dizer não, afinal? Seria medo de frustrar as expectativas criadas nos outros? Ou o arrependimento que pode vir depois de tomar uma grande decisão? 

E principalmente, por que é tão fácil dizer "não" para algumas pessoas enquanto para outras é tão impossível uma negativa que dizemos "sim" e ficamos digerindo o sapo por uns tempos?

Dizer "sim" também não é nada fácil, acredite. Experimente aceitar tudo, não importa o que seja proposto. Você suportaria? Eu não.

Pensando bem,  "não", "sim" de nada valem se você não conhecer os seus limites. E os limites alheios.






11 de setembro de 2013

COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ


Já carrego um fardo pesado demais para você chegar e sutilmente insinuar que parte da sua alegria e satisfação vai depender de mim. Eu quero o caminho mais simples, as coisas mais fáceis e muita leveza para lidar com todas as pedras do caminho. Até porque eu já conheço essas pedras. Logo, se eu já conheço as pedras e também conheço a dor de cada tombo porque fico agindo como se fosse a primeira vez?

Me sinto cansada de experimentar as mesmas sensações. Seria porque eu valorizo demais as sensações ruins e esqueço como é bom recordar das boas? Pode ser. Valorizo demais o negativo e pouco dou valor ao que realmente importa. Se alguém pudesse me dar um presente, eu pediria para que me ensinassem a ver a vida por uma perspectiva mais leve e feliz. Que eu me recordasse mais dos pequenos prazeres e menos dos grandes dissabores.
Ser feliz é uma escolha. Se é assim, quero ser feliz hoje, amanhã e para sempre.

***
Pare de me tratar como se eu fosse importante. Não me faça acreditar que você realmente se importa. Apenas decida-se e pare de mentir para mim. E para você. Pare de tentar me prender em sua teia. Eu não sou sua. Quero te ter como sou, mas nem por isso ser sua, já dizia a música. Me liberte do sentimento, me liberte da esperança. Me devolva a dolorosa realidade, mas por favor, diga a verdade.

***
O que é certo, o que é errado?
Não foi premeditado.
Nossos olhos e destinos se cruzaram
Dividimos os nossos fracassos
Te disse que não queria ir
Me disse que não queria me deixar
Fiquei um pouco mais
Tempo suficiente para provar seu gosto
Tempo insuficiente para saciar a vontade
Uma vida inteira talvez não fosse o bastante
Mesmo perto de mim, parecia tão distante
Não nos entendemos mais
Depois de dias de guerra
Suplico por dias de paz
Paz para os meus desejos
Faço as pazes (com os meus desejos)






6 de setembro de 2013

AQUELE VELHO OLHAR


Ser farta, fria e cínica é mais fácil do que ainda se surpreender e esperar o melhor dos outros.
Vai ver o erro está aí: fico superestimando a pessoa e na primeira oportunidade ela vai lá e frustra todas as minhas expectativas! Quantas pessoas também já esperaram mais do que eu poderia dar e eu fui lá e frustrei com os planos delas? 

A gente sempre faz tudo errado, sempre. Valorizamos o errado, condenamos o certo, juramos que isso não vai mais se repetir e lá estamos nós fazendo tudo aquilo que juramos que não íamos fazer nunca mais. Eu quero fazer diferente. Ainda quero manter o velho olhar de antes para me proteger da dor, do frio, do medo, da incerteza. Só quero ver as coisas por outra perspectiva. 

Vou dar o melhor de mim porque se der tudo errado vou ter ao menos a certeza de que a culpa não foi minha. Fiz o melhor. Dentro das minhas possibilidades. E não vou esperar o melhor dos outros porque se der certo será uma alegria e se der errado pelo menos já posso executar o plano B e perder menos tempo com acusações do tipo "eu avisei".

Reclamar menos.
Agir mais.
Esperar menos. 

Não esperava que o velho olhar se transformasse tanto assim, mas pensando bem, não sou mulher de ficar esperando!




5 de setembro de 2013

DOAR (INDIVIDUALIDADE)


Ainda gostaria que fossemos dois indivíduos. Duas pessoas com um sentimento em comum e o compromisso mútuo de nos fazermos felizes enquanto o tempo durar. Óbvio que tem dias que não consigo nem me fazer feliz, quanto mais você. E vice-versa. Dizem que isso é normal, afinal.

Aliás, dizem muita coisa sobre relacionamentos a dois. Não tenho muita experiência nisso. Disse isso a você antes de começarmos. Sempre fui muito livre, independente, e quando precisava decidir algo, decidia sozinha. Desde que você chegou admito que a vida ficou mais divertida mas ainda me atrapalho. 

De repente sair com minhas amigas virou um drama. Ou fazer um trabalho da pós. Ou simplesmente ficar sozinha no meu canto. Ou um jantar em família. Um hobby. Esses pequenos detalhes da minha vida sem você que eram tão facilmente administrados outrora agora viraram itens na minha agenda a ser negociados com bandeiras brancas e súplicas de paz. 

Você faz beicinho e diz que não ligo para você. 
Não o amo o suficiente. 
Sou egoísta. 
Tenho outro em vista.
E quem é aquele cara mesmo que curtiu sua foto no facebook?

E eu viro um poço de culpa. Mesmo que depois do jantar com minhas amigas eu ainda vá à sua casa. Mesmo que te convide para jantar com meus pais. Mesmo que te convide para ajudar a fazer minha monografia. Mesmo que eu me dê inteira para você. Parece que não é o suficiente. Você age como se eu estivesse te escondendo algo ou te excluindo da minha rotina. Age como se eu precisasse ficar 24 horas por dia, sete dias por semana girando em torno de você em órbita.

Não quero me sentir sufocada. 
Oprimida.
Até mesmo culpada.

Quero ser a mesma de sempre e não aquela que se adapta ao jeito do cara que eu me relaciono. Se me conheceu e se apaixonou por mim dessa maneira por que querer me transformar em alguém que parece comigo, fala do mesmo jeito que eu, mas não sou eu? Para se arrepender depois? 

Quero que acredite em mim e me dê um voto de confiança. Por que é tão difícil acreditar em mim? Por que é tão difícil "me soltar" por uns instantes? 

Não sei se estou agindo certo, mas estou tentando dar o melhor de mim. Óbvio que estou sujeita a errar ao longo do caminho. Mas você também está. Eu sou falível. Admito minhas fraquezas. Admito que tem dias que eu preferia não estar com você e ter minha vida tranquila de volta. Admito que tenho medo de ficar sozinha. Sou toda medo, incertezas, dúvidas, mas também tenho vontade de acertar e desejo meu final feliz. Quero descomplicar, quero cessar fogo, quero confiar, quero ser inteiro. E te quero inteiro. E para tudo isso acontecer, é preciso ser humilde, estar disposto e se doar. Vamos tentar de novo?


3 de setembro de 2013

CONTROVÉRSIA


Já não tenho tanta certeza se quero ouvir o que você tem a dizer. É que você pode me pegar desprevenida e me deixar sem argumentos bons. De repente eu não goste. Mas é a lei natural da vida: quem fala o quer, pode escutar o que não aguenta e como neste caso eu acho que já disse tudo o que quis, bem, nada mais natural do que escutar. E me sentir contrariada. Ofendida. Chateada.

Talvez eu ouça tudo aquilo que já estou careca de saber. Não vai surpreender, mas vai irritar da mesma maneira. Adiar o momento faz a chama da raiva dar uma acalmada. De repente faz você esquecer porque dói. Mas se eu estiver curada, para que deixar essa pauta voltar das cinzas? Recaídas neste caso não são benéficas. Estou sendo covarde, admito. Precisamos deste conflito, na verdade. Ou para irmos adiante. Ou para irmos a lugar algum. Ou para encontrar um caminho mais leve nesta estrada cheia de perigos.


26 de agosto de 2013

BANDEIRAS BRANCAS



Meu bem, eu tô cansada de discussões que não levam a lugar nenhum. Estou cansada de te machucar com palavras. Farta de implorar atenção. Arrependida de ter esquecido aquela lição antiga que eu sempre ensino as criaturas que aquecem meu coração (inclusive você): a gente não pode dar o que não tem! (isso porque nem pedi nada).

Também estou cansada de ser machucada pelas suas palavras. Admito que se você disser "parafuso" é capaz que eu me debulhe em lágrimas. Tô cansada de ser forte, prática, ter todas as respostas. Me deixei levar pela empatia, pela conversa que fluía fácil e pela expectativa surda que nos consumia quando nossos olhares se cruzavam. E como tudo que é bom (assim como o que é ruim) acaba...

...Não preciso dizer o desfecho da história. Imagine. Basta entender que um punhado de palavras mal colocadas tiveram o poder de uma hecatombe do mal sobre mim. Eu queria tanto me fazer entender. Logo eu que uso tão bem as palavras...Eu queria ser menos infantil e mais prática, mas a dor da perda e da rejeição é muito maior. Tenho medo do futuro. Medo de perder sua companhia para sempre.

Queria te pedir pra ficar, mas ao mesmo tempo acho melhor você ir embora porque eu estou acostumada com a dor da perda. Eu perdi foi a mão de lutar pelo o que eu quero. Sou orgulhosa demais para admitir que eu quero você o dia inteiro, o tempo todo. E o orgulho fala ainda mais alto quando eu sei que essa é a última coisa que você quer de mim (eu acho). Talvez você queira essa ânsia toda vindo de outrem. Não de mim.

Me pediu para confiar no que você sente. Juro que gostaria de confiar, mas eu não sei como. Será por que eu quero provas românticas como rosas azuis ou uma serenata? Deve ser. Eu quero sempre mais, como diria a música. Eu só me esqueço que para certas coisas na vida é preciso paciência, deixar acontecer. Difícil é deixar uma criatura inquieta como eu praticar esse lema. Você mesmo vivia reclamando da minha pressa, da minha urgência. Sabe o que é isso? Medo de morrer. De deixar os assuntos pendentes.

Por mais irônico que seja, ainda sinto aquelas ondas de afeto quando te vejo. Não tem nada a ver com desejo. Tem a ver com empatia pura e simples. Não queria dizer adeus pra você. Nem deixar de fazer parte da sua vida. Mas considerando que eu gosto de numerologia e que estou em um "ano 7" e você está em um "ano 9", era natural que rompêssemos. Ou isso ou simplesmente desgastou. Da sua parte, é claro. Porque nunca cansei de você.

Outra coisa que incomoda é que fico com a sensação de que ainda havia muito a dizer. Muitas figurinhas pra contar, muitos drinques pra beber, um estoque de papo furado sem fim...
E a sensação horrível de que você não me quer por perto de forma alguma. É isso que me mata. Consigo lidar com tudo, menos indiferença. Indiferença me mata!

Não vou dizer adeus. Vou dizer um "oi". Porque é isso que a gente diz quando queremos que alguém permaneça: " Oi, por favor fique. Tá tudo bagunçado, mas logo tudo volta ao normal ". Eu sorrio. Você sorri. E tudo recomeça. Porque sou dessas que passo por cima de qualquer grosseria pelo simples prazer de brincarmos juntos. 


CONFIANTE, ARROGANTE, IRRITANTE


Ainda não nos conhecemos e tudo o que sei a seu respeito são relatos de suas atitudes ao longo dos dias. Dias que passam rápido demais, cheios de promessas do que poderia ser mas sabe se lá porque, ainda não é. Dias doces e cheios de expectativa surda. Mas expectativa de quê? O que você quer, de verdade? Saberia me responder sem titubear?

Desculpe a grosseria, é que sou muito prática. Tão objetiva que chego a ser ríspida e tão subjetiva a ponto de ver lirismo nas coisas mais tolas. Eu sou a Daniela e você é quem eu gosto de chamar de "malvadinho". Sei que esses tons monocromáticos escuros e esse jeito sem filtro de ser é só uma cápsula protetora. Afinal, você quer se proteger de quem? Ou de quê, exatamente?

Posso te contar um segredo: a vida gosta de surpreender a gente. Nem é tão novidade assim, mas a correria do dia a dia nos faz trabalhar no piloto automático e as tais sensações passam despercebidas. Tudo o que percebemos é a zona de conforto. É a certeza de que está tudo em ordem, sob controle. É o que nos mantém no eixo e nos faz acreditar que está OK. 

Você diz que precisa de motivos. Eu te pergunto quais motivos você considera realmente bons e dignos de justificativa para ir adiante? Só o fato de que você se esforça demais para estar ao lado daquela gata é um bom motivo. Não conseguir tirar as mãos, os olhos e o foco quando está na presença daquela gata também considero um motivo válido. Não sei se percebeu mas ela se tornou praticamente a rosa para qual o pequeno príncipe volta no final da história.

Entendo sua preocupação com o lado B da história. O "novo" dá medo. E a vida, ao contrário da ficção, não nos dá certeza de nada. Palavra de uma controladora nata. A gente só descobre se errou ou acertou...Tentando. E eu sou a favor das tentativas. Já vivi o suficiente pra saber que a raiva passa. A mágoa passa. As coisas passam e se transformam, se o seu medo é esse. Existe perdão quando há amor.

Se o medo é machucar, sinto lhe informar, mas estamos nesse mundo para magoar e ser magoados. Em algum momento da vida você vai perceber que para ir adiante, vai precisar frustrar as expectativas de alguém. Vai perceber que existem coisas que não pode dar. E que nesse exato momento apesar de ignorar solenemente a vida está te convidando a fazer uma escolha: a paz de um respiro ou a animação que só a paixão tem o poder de trazer. Acho que você até fez sua escolha. Só está com medo de reconhecer.

PS: acho digno se preocupar com os sentimentos dela. Louvável. Mas você não pode falar por ela. E se ela um belo dia decidir que irá embora e te deixar de coração partido, como vai ser? Alguns momentos pedem doses de sutileza, atitudes radicais e fair play. Escolha a opção que vai te deixar com menos chances de brincar de "e se" no futuro. E não confie tanto em si mesmo. Estamos sujeitos a falhas ao longo do caminho. Me julgue :P


9 de agosto de 2013

SE FOR EMBORA...


...Me dê apenas bons motivos. 
Não me venha com essa história de que "não é você, sou eu".
É claro que sou eu, meu bem. 
Se esqueceu que eu gosto de sinceridade? 
Comigo não tem meias palavras, sutilezas, entrelinhas. 

Se for embora...
...É bom certeza do que está fazendo.
No meio do caminho você pode querer voltar.
E talvez não me encontre exatamente do jeito que deixou.

Se for embora...
...Vai levar meu sorriso,
Ficarei afogada em minhas lágrimas
E a certeza de que o coração ainda é meu,
Mas estará partido.

Mas se fica...
...Percebo que não posso deixar você me entristecer dessa maneira.

7 de agosto de 2013

É IMPOSSÍVEL TER TUDO SEM ABRIR MÃO DE NADA!


É impossível ter tudo sem abrir mão de nada. E chega um momento que a vida nos convida a fazer nossas escolhas. E somos convidados a tomar decisões rápidas todos os dias: você pode fazer o MBA em Gestão de Pessoas e ter um diferencial no mercado de trabalho ou então comprar um carro, escapar do inferno que é usufruir do transporte público mas continuar fazendo mais do mesmo profissionalmente.

Você pode comer coxinha e beber Coca-Cola às oito da matina, bater um PF no almoço e ver todas as calças apertando, sempre se constranger na hora de se despir para alguém ou então pode passar parte do seu tempo na academia ou fazendo uma atividade física qualquer, mas é cansativo, né? Mas você quer se manter em forma, lembre-se. E como lidar com o sacrifício de malhar e recusar a Coca-Cola pelo bem da silhueta e da saúde?

Você quer namorar, mas não deixa ninguém se aproximar e quando um ser corajoso resolve fazer contato você desfia toda uma ladainha sobre "não quero me envolver agora" porque aquela pessoa não corresponde as suas expectativas. Ou então você nem responde, apenas ignora. Mas quando é ignorado, não admite ser tratado desse jeito. 

O que você quer, afinal?

Conheço pessoas que não gostam de seus empregos, mas também não participam de processos seletivos. Conheço pessoas infelizes em seus relacionamentos que nem amam mais seus companheiros mas não terminam para não ficarem sozinhos. Conheço gente que reclama do peso mas não deixa de tomar a Coca-Cola às oito da matina. Sinto lhes dizer, mas ou vocês fazem suas escolhas ou então passarão a vida frustrados.

Empregos bacanas não caem do céu. Para conhecer um novo companheiro, o ideal é que esteja solteiro e de boa vontade e para emagrecer o ideal é fechar a boca, tomar café com leite às oito da matina e fazer pelo menos meia hora de atividade física. Dá trabalho? Muito!
Mas sem dor, sem conquista!

É possível ter tudo. Resta saber o que é o seu tudo antes de fazer as suas escolhas.

5 de agosto de 2013

AS HORAS





É tanta coisa para fazer que é impossível não olhar na agenda e ter um pequeno surto pensando: não vai dar tempo! Desde o princípio o dia sempre foi dividido em 24h, mas de uns tempos para cá parece que esse sistema não tem sido suficiente. De repente queremos fazer coisas demais ao mesmo tempo: trabalhar, ficar de delícia no facebook, comer bem, ir pra balada, namorar. 

Sempre que estou no trabalho o dia passa rápido demais. São muitos e-mails para ler, telefone se esgoelando implorando para ser atendido, cálculos para fazer, estoque para consultar e de repente a manhã passou, a tarde caiu e num piscar de olhos a noite chegou, de novo. 

Quando saí de férias no final do ano passado tive a oportunidade de ficar uma semana em solo cearense e constatei que lá o tempo passa devagarinho, preguiçoso. Os telefones não tocam, não há computadores tampouco lan house para ler os e-mails ou entrar no facebook. O único som é o do vento, interrompido apenas pela cantoria dos galos ao amanhecer. 

Também não sei onde vamos com tanta pressa: queremos tudo para ontem, o mais rápido possível, com o mínimo de espera e o máximo de urgência! Exigimos prioridade em nossas solicitações como se isso fosse uma obrigação. Pra quê tanta correria mesmo? Por que você é melhor do que o outro?

Quem sabe em um futuro próximo o novo luxo não seja um tempo para si mesmo. Não precisar trabalhar além do horário para mostrar comprometimento. Não ficar preso no trânsito com seu carro do ano. Ganhar tempo e aproveitá-lo ao máximo, de preferência com pessoas agradáveis e que aquecem o coração.

22 de julho de 2013

SECANDO GELO


Queria ser mais calma, contida. Não me sentir tão ameaçada e acuada. Mas não tenho como evitar me sentir assim. Todo mundo fala sobre sair da zona de conforto e se desafiar mas ninguém fala sobre a sensação de derrota que te invade quando o jogo vira e o que parecia doce começa a incomodar. Não me sinto em casa. Não me reconheço. Nem reconheço esses novos rostos. Quero gostar dessas novas pessoas, mas não quero anular a minha personalidade. Não quero brigar para dar minha opinião. Só quero ser aceita. E tentar aceitar esse novo mundo que se estende a minha frente. Estas são as dores de recomeçar. E a diferença deste recomeço para os demais é que tenho certeza que preciso passar por isso para crescer, amadurecer. Para o meu próprio bem. Preciso lembrar de respirar e não pirar no meio do processo.



5 de julho de 2013

NÃO VÁ CRIANDO EXPECTATIVAS DEMAIS PORQUE...


...Não é minha culpa sua projeção. A responsabilidade é toda sua, portanto se vir a se decepcionar não quero ser acusada de nada. Quero sair tão inocente quanto cheguei nesse barco. Estou dizendo isso apenas para deixar registrado que sempre é mais cômodo colocar o fardo da culpa nos ombros alheios. Ninguém fala que também é a escolha mais rasteira, mas por ora pode se considerar avisado!

4 de julho de 2013

NA ESTRADA


Dizem que a estrada é traiçoeira. 
Confiança demais não te deixa ver os perigos.
Medo demais não te faz avançar adiante.
Nem mais, nem menos: apenas a medida certa de confiança e precaução para seguir adiante.  E a certeza de que se deu algo errado, você deu o seu melhor.

3 de julho de 2013

SÓ O QUE É BOM


Dizem que só o que é bom permanece. Te disse isso uma vez e você ficou sem palavras. A ponto de nada dizer. Eu não sabia, mas estava te perdi naquele dia. Na verdade te perdi no dia que você conheceu ela. Talvez você não quis dividir seu coração em dois e nesse caso eu fiquei chupando o dedo.

Lamento que você não tenha aprendido a ser meu amigo, nem se esforçado para isso. Eu me esforcei porque eu conseguia te ver além. Fomos um casal. Não somos mais. E mesmo não sendo, gostava da sua companhia. Afinal você é inteligente, tem um bom timing para piadas e gosta de cerveja e rock. É meio rebelde. Enfim, tem mais qualidades do que defeitos.

É óbvio que eu consigo viver sem você, mas não gostaria de fazer isso. Mas como você impôs a sua ausência, eu tive de aceitar e respeitar o seu espaço. Também acho lamentável o fato de você me ignorar porque você age como se não precisasse mais de mim. Ou de outros amigos. Saiba que isso é mal educado. E que o mundo tal qual uma bola é redondo, dá voltas. Podemos nos encontrar de novo. Você pode até precisar de mim, se pans.

Não pense que estou agourando, mas você também pode terminar seu relacionamento perfeito com a "única mulher com quem me casaria". E pode se arrepender de ter deixado os seus amigos para trás, inclusive eu, porque vai perceber que está sozinho.

Posso não fazer falta agora, mas posso fazer lá no misterioso futuro. Mas pode ser também que eu não agregasse tanto valor a sua vida e não falar comigo não te faça falta mesmo. Mas daí vou ter que te chamar de mentiroso, porque você fazia parecer que eu era SIM, importante pra você. E se tem uma coisa que eu acho feio, é nego se contradizer no seu discurso. Não é que a pessoa não pode mudar de ideia. Ela pode. É apenas dizer que não vai a um show do Luan Santana, por exemplo, e no dia seguinte ir. Perde a credibilidade.

Então é isso. Só o que é bom permanece. Não permaneci na sua vida porque não fui boa o suficiente para isso. Só me resta aceitar os fatos, recolher os cacos e engolir o choro, porque eu me recuso a chorar por causa das suas grosserias. É ruim, hein. Mais fácil descontar meu ressentimento no boxe. 

2 de julho de 2013

ENJOY THE SILENCE


Perceber que está sendo preterido é doloroso, mas às vezes é você que tem de preterir alguém. É constrangedor dizer não. Como é que se fica a vontade para destruir as expectativas e sonhos de quem sonha com você? Talvez por isso existem tantos telefones na caixa postal, e-mails sem resposta, SMS que vão, mas não voltam com uma resposta que pode acender a esperança. Tudo é silêncio. Talvez calado doa menos dizer adeus. Mas quem quer resposta precisa de um desfecho, para seguir em frente com o coração partido. Há quem entenda a mudez repentina e siga adiante e há quem finja não entender e continua insistindo sem perceber que quanto maior a insistência, maior o desprezo. Façamos assim: o dia que quiser preterir, diga a verdade. Sim, vai haver choro e ranger de dentes. Mas vai passar. 

1 de julho de 2013

NOBODY LOVES MALU


Esses dias assistindo um capítulo de Sangue Bom vi a personagem Malu (Fernanda Vasconcellos) chorando nos braços do pai porque ninguém nunca havia se apaixonado por ela. É óbvio que é ficção, mas e se fosse vida real? 

Quantas Malus chorando nos braços de alguém não existem por aí? Mulheres tão legais que os homens não hesitam em decepcionar porque "poxa, ela é tão humana e compreensiva que irá entender essa mancada que vou dar". 

Não quero generalizar, mas existe gente que se sente à vontade para machucar apenas porque o outro é legal. Isso é baixo. Mesquinho. Desrespeito. De quem magoa e de quem é machucado também. Afinal, como se permitir ter sempre o mesmo sofrimento? Será por que é mais seguro caminhar pela estrada da dor do que pela estrada da felicidade? Seria medo de conhecer outros caminhos? N

28 de junho de 2013

APRENDI SOZINHA


Quando mais jovem, imatura e ainda em busca de uma identidade achava que precisava ter um namorado. E tive alguns, que me deram bastante material para analisar e refletir, porque o que tive de aprender, aprendi sozinha. Hoje sei que quanto mais se gosta da pessoa, mais idiota, chata e insegura você fica. Principalmente se ela não dá indícios de reciprocidade. E por mais que o outro faça, você não considera suficiente. E exige mais. E se a outra parte não tem mais de onde tirar, ferrou!

Você deixa de ser aquela pessoa bacana pela qual o outro se apaixonou e vira uma versão chatinha e paranoica que afasta e oprime. Só com o tempo você percebe que tem que gostar mais de você e perceber o seu potencial. Ter consciência que você é legal e que se o outro deixou de te reconhecer assim, o azar é dele, não seu. Não sabia lidar com os perdidos, bolos e mancadas que recebia em troca mas hoje sei que isso só demonstra falta de respeito. E tantas demonstrações que sua companhia não importa muito só te levam a tirar seu time de campo modestamente, sem alarde. 

Não estou dizendo que não dói. É triste o fim. Mas engolir falta de respeito apenas para ter um relacionamento sério é muita falta de respeito consigo mesmo. Não leve a sério a máxima "não sou feliz mas tenho marido". Você deve tentar salvar a relação, mas para certos casos não há salvação: tem de se abrir mão!

Antes eu achava que se você passa a dividir além da cama as mazelas cotidianas com seu mancebo, vocês estavam namorando. Lia ficava irada com essa minha máxima. E ela tinha razão, porque eu estava errada. Se você conta suas mazelas ao seu mancebo ou vice-versa, vocês estão apenas buscando cumplicidade e apoio. Só. Um bom relacionamento a dois não precisa de rótulos para funcionar. Nem precisa ser público a ponto de todos saberem via Facebook o quanto vocês se amam, quando um está na casa do outro ou o que fazem juntos.

Um bom relacionamento é feito de privacidade (não quer dizer se esconder ou fazer a linha não falo da minha vida pessoal). Eu falo de não soterrar a timeline com declarações de amor, fotos e coisas que façam alusão ao casal. O relacionamento é apenas a dois. Você fica feliz em postar mil coisas, mas isso chateia e gera inveja. Monitorar as redes sociais do seu eleito também não é garantia de fidelidade. Quando a pessoa quer fazer, ela vai e faz, independente do quanto você controle, ameace e chantageie.

Hoje eu sei que um relacionamento a dois é feito de cumplicidade, amizade, confiança e umas doses de paixão. É óbvio que há os dias cinzas, cheios de dúvidas, incertezas, silêncios e melancolia. Mas tudo na vida tem altos e baixos. Exige manutenção diária. Mas isso não quer dizer grude ou sufocar o outro. Tem que gostar de conversar e estar junto. Não adianta namorar alguém lindo com o qual você não consegue trocar uma ideia. Ou discutir um ponto de vista. 

Também aprendi que sexo bom não é garantia de relacionamento bom/saudável. Depois dos momentos de alcova a vida continua e o seu Casanova/Christian Grey pode ser um fiasco em outros departamentos que você considera fundamentais, como a confiança e o respeito. 

Deve haver menos cobranças e mais demonstrações espontâneas de afeto. Deve ser mais um complemento de alegria em sua vida e não mais uma fonte de dor de cabeça. Devemos ser dois, como no começo e não "um" que perdeu a individualidade no meio do caminho. 1 + 1 tem de ser 2 que sabem compartilhar a vida a dois e conciliar amizades, hobbies e outros interesses. E sim, acho válido pegar papel e caneta e escreverem o que esperam um do outro, como li uma vez em um post do Casal Sem Vergonha. Daí evitam frustrações futuras. 

E você,  o que aprendeu nos seus relacionamentos anteriores?