O homem certo vai vir num cavalo branco. Ou num Civic 2012 preto. Talvez a pé.
Vai se sentar ao meu lado no ônibus. Vai pedir para segurar minha bolsa. Vai perguntar de onde eu venho. Para onde eu vou. O que eu faço. E o que pretendo fazer. Talvez os nossos caminhos se encontrem no meio do expediente. Pode ser um colega de trabalho. Um fornecedor. Um amigo. Ou um inimigo, porque o amor surge dos lugares mais imprevisíveis.
Talvez eu já o conheço, mas ainda não percebi. Ou então não era para acontecer naquele momento.
O cara certo usa One Million (perfume delicia da Paco Rabanne). E usa jeans escuros, camisa branca, havaianas e barba por fazer, mas de um jeito charmoso e milimetricamente proposital.
Saberá me dizer o que está sentindo usando versos de música. Pode ser qualquer música, desde que a gente se identifique.
Me levará ao cinema.
Vai fazer um jantar incrível quando eu chegar em casa.
Terá uma voz bonita, gostosa e sensual, principalmente quando sussurrar ao pé do meu ouvido qualquer bobagem.
É alguém que é justo, preza pela sua individualidade (e pela minha) mas sabe voltar quando quisermos ser "um só".
Vai ter boa vontade com os meus erros, do mesmo jeito que tentarei ter boa vontade com erros dele. Vai conversar comigo e encontrar soluções ao invés de perder tempo discutindo problemas.
Entenderá que só amor não basta. É preciso amizade, cumplicidade, saber ceder de vez em quando. Porque o amor acaba. E é dramático perceber que o amor acabou. Quando acabar não vou querer ao meu lado um homem que não me reconheça mais e vice-versa.
Segurara a minha onda em um dia. Segurarei a sua onda no outro. E a vida segue. E a gente segue. Juntos. Ou não. Até tudo recomeçar outra vez.
Não vou procurar. Porque eu quero ser surpreendida. E encontrada.