20 de dezembro de 2011

TRÊS ORAÇÕES

Dia desses comprei a revista Lola, da Editora Abril, apenas para ler o horóscopo da Susan Muller. Li o horóscopo e apesar das previsões de que 2012 será um ano muito bom (mesmo que as previsões dissessem que o ano ia ser ruim, eu não ia me intimidar) o que me deixou arrebatada foi a crônica " A coragem de se apaixonar", da Hilda Lucas.
Neste texto, ela diz que a paz é respiro. A paixão é animação. E a gente precisa dos dois.
Peço licença a Hilda neste momento para transcrever aqui as três orações que acredito que precisam estar em nossos pensamentos sempre que a nossa vida ficar sem graça:
ORAÇÃO PARA OS CORAJOSOS E LÚCIDOS
Senhor, protege-me das prisões do comodismo, da platitude e da estagnação. Dai-me coragem, loucura e tesão para viver sem medo de mim e dos meus sonhos. Dá-me asas e ventos, insônias e angústias, inquietações e algum sofrimento, para que eu possa dizer sim à Vida.
ORAÇÃO PARA OS SONHADORES E ATREVIDOS
Desperta-me Senhor! Sopra-me palavras inéditas, inspira-me com lampejos e intuições. Tira-me do sério, dos trilhos, da forma. Dá-me sobressaltos e suspiros, desvarios e fome. Dá-me plena posse de mim mesma, para o bem e para o mal.
ORAÇÃO PARA OS DESTEMIDOS E ÁVIDOS
Assombra-me Senhor! Não permita que eu me afaste do que me identifico, que eu esqueça o que me alegra ou cale o que me traduz.Insufla-me, instiga-me, exige-me ser. Livra-me dos boicotes e adiamentos que eu mesma me imponho. Dá-me paz e paixão, alternadamente, como a chuva e a estiagem - já que uma só existe quando a outra desiste. Faz me entender que há mais dano no medo de viver que no medo de morrer.

***
Mais do que orações, em 2012 viva e deixe morrer. Não leve dor, culpa ou coisas mal-resolvidas, porque elas sempre voltam para cobrar a conta. Apenas seja. Faça. Aconteça.
Existe aquele ditado comum na alta sociedade paulistana, para determinar o comportamento ideal em festas: - surgir, sorrir, sumir! Aproveite e sorria muito, porque não tem como prever o momento de "sumir".
That's it!

PS: Obrigada Hilda, por escrever estas orações lindas :D

PS do PS: como eu escrevi nas primeiras linhas da minha agenda nova, deixo registrado aqui: "2012 vai ser o ano mais incrível da minha vida".





11 de novembro de 2011

SEU NOME

Eu li em um dos posts da Tarsila (lá embaixo eu posto o link do blog dela) que ela percebia que estava gostando de um cara quando lembrava do nome dele ao acordar (senão for isso, é quase isso).

Fiquei pensando nisso porque quando eu começo a gostar de um cara, eu passo por um fenômeno semelhante: - o nome do "eleito" começa a me perseguir!
Como isso acontece: - de repente eu descubro ruas com o nome do cara, santos com o nome do cara!, conheço outros caras com o mesmo nome, enfim. Acabo associando essas coincidências ao "eleito" e tudo que diz respeito a ele fica mais presente no meu cotidiano. Curiosamente, quando eu desencano do "eleito", essas pequenas coincidências perdem importância e caem no meu esquecimento.

Porém eu tive um affair há mais ou menos três anos. Eu comecei a gostar dele. Mas não foi correspondido. E aí o nome dele ganhou força na minha vida: - estava em livros, em nome de diversas ruas, no bairro que eu morei antes de mudar para o JB, nos entrevistados para o TCC da Supernova, até nos convidados da banca para nos julgar, seu nome estava. E eu me sentia mais ou menos como em "Preso na Escuridão". (Parece dramático, mas você quer levar a vida adiante e lembra de cinco em cinco minutos do cara e me diz como esquecer?)

Há dias que eu me sinto bem com a situação toda. Chega a ser engraçado. Parece que até as pedras tem seu nome. Detalhe: até já desencanei do "eleito" mas o nome dele persegue até hoje! Por que será? 
Outra coisa: ouvir seu nome e saber detalhes da sua vida ainda reviram meu estômago, de certa forma. Não me sinto 100% confortável com isso e fico com medo de me trair e o sentimento de invejinha estar lá, estampado nos meus olhos. Será que é assim com todo mundo?

PS: Segue o link do blog da Tá: www.tarsilafraga.blogspot.com

7 de novembro de 2011

POSSO DEVOLVER?

Quando eu disse "sim" ao seu pedido eu me achei um degrau acima de todas as mulheres, afinal eu tinha encontrado alguém que me amava.
Ai, a arrogância!
Não entrarei em detalhes de como foi estranho fazer curso para noivos. Nem em como eu tinha que correr feito uma doida experimentando vestidos, escolhendo flores, checando aluguel de igreja...Se eu fosse levar em consideração o cansaço, eu teria desistido ali mesmo.
O dia mais feliz da minha vida não estava sendo assim, tão feliz.
Os preparativos para este dia estavam me deixando cada dia que passava mais cansada e longe da tal felicidade.
E você, onde estava mesmo?
Fugindo de toda e qualquer responsabilidade, afinal de contas, você ia casar comigo e suas responsabilidades terminavam por ali.
É nessas horas que você pragueja esse mundo machista dos infernos!
O que vai ferir sua virilidade escolher entre orquídeas ou rosas colombianas?
***
O casamento transcorreu sem problemas. Eu lhe ameacei de morte caso fizesse qualquer reclamação que fosse, afinal você não ajudou em nada (admito que você assinou alguns cheques mas quem estava no front era eu)! Obedientemente, você não emitiu um "ai" de desaprovação!
***
Estamos há três anos juntos. Ainda não temos filhos (e não pergunte quando pretendo tê-los, ok?).
Admito que às vezes olho para você dormindo e me pergunto por que diabos eu te disse "sim"?
Lembrei, eu te amava, você me fazia rir, fazia outras coisas que não vem ao caso falar, mas que me deixavam nas nuvens, era gentil, divertido, sexy.
Hoje você aje como senão precisasse mais me conquistar. Qualquer roupa está boa (exceto os ternos Hugo Boss que você usa para ir trabalhar). O único local que tem o prazer de te ver impecável é o trabalho. E a sua assistente, argh!
Eu deveria ser mais sexy, divertida, legal. Hoje em dia admito que vivo no modo "automático".
Pra que vou fazer um jantar romântico se você vai jantar fora?
Pra que vou usar uma lingerie nova se quando você chegar em casa, vou estar dormindo?
Pra que sair no fim de semana, se estamos tão cansados?
Será que você não acha esquisito a roubada na qual nos metemos?
Eu acho.
Quando proponho um jantarzinho ou uma reunião entre amigos, você fica num canto emburrado e não vê a hora do pessoal ir embora logo.
Isso quando eu não fico bêbada e você fica muito irado, afinal, você é um homem muito decente.Eu que sou uma tonta!
***
Você não gosta que eu saia sozinha, mas você pode sair sozinho.
Então eu fico em casa vendo a vida passar e você fica na rua vivendo a sua vida.
Gostaria de lembrá-lo que você não é mais solteiro.
E que, já que não quer se divertir comigo, deveria me deixar livre para me divertir sozinha.
A gente não precisa brigar de novo por conta disso.
***
Lendo estes livros de autoajuda eu constatei que o meu erro é que espero muito de você.
E você acha que faz mais do que suficiente em pagar a parcela do financiamento do apartamento. Só se esquece que eu também pago as contas nesta casa. Não, não tô jogando na cara. É só um lembrete. 
Eu quero ter uma vida a dois mais saudável. Você me acha um fardo.
Cada dia mais pesado de carregar. 
E quanto a nós dois, deveríamos ter lembrado que brincar de casinha na prática é cansativo.
É para poucos e bons. Um exercício diário. Uma troca. Todos os clichês que existem.
E que somos egoístas demais para colocar em prática.

PS: eu nunca fui casada, portanto o post é baseado nos dois casamentos que pude acompanhar, no papel simpático de filha.





4 de novembro de 2011

SAUDADE É FUNDAMENTAL

Saudade é fundamental.
Pra quê?
Para valorizar tudo de especial que você já viveu, as pessoas incríveis que você conheceu,
os sabores que experimentou, os perfumes que sentiu.
A gente só tem saudade do que foi bom. E no meu caso, do que ficou mal-resolvido.
Tem mais a ver com aparar arestas do que com saudade.Ainda mais que não curto pontas soltas, arestas a aparar, o dito pelo não dito.


Eu gosto de olho no olho, de certezas e dar a palavra final.
Se eu não dou a palavra final, que eu pelo menos ouça a palavra final do outro lado, da outra parte envolvida no processo. De alguma maneira, em algum encontro ou ainda, em um sonho, eu quero poder dizer o que não foi dito e finalmente, me libertar.
Tem gente que não deixa saudade. Um dia elas se ausentam e é como se nunca tivessem partido, afinal, porque você simplesmente não sente falta. No lugar da ausência, o alívio.


Tem gente que deixa um vazio. São aquelas pessoas solares, barulhentas,  inquietas que preenchem o ambiente. Quando elas se vão a quietude chega a ser tangível. 
Não há preço que pague matar as saudades. É gostoso. Surpreendente. Chega a ser confortável, porque você percebe que certas coisas nunca mudam.
E sobre mim, será que eu deixo saudades por onde passo? Ou deixei?
Deixa que eu mesma respondo: dependendo do caso e da pessoa, acho que fica num meio termo.
Ter saudade não é suficiente. Fundamental mesmo é matá-la!










3 de novembro de 2011

(NÃO) ENTREVISTA DA SEMANA - DOIS FILHOS DE FRANCISCO


Sexta-feira passada o Brasil acordou com uma bomba: - o fim da dupla Zezé di Camargo & Luciano, os dois filhos mais populares e talentosos do Francisco, de Pirenópolis (GO).

E não quero entrevistá-los porque esse negócio de brigas entre irmãos cansa a beleza e os irmãos Gallagher (conhecidos também como Oasis) brigavam com muito mais “catiguria” como diria nossa querida Bebel, de Paraíso Tropical.

Melhor ainda: os The Carpenters (casal de irmãos muito celébres por, dentre outras coisas, a lindinha Please Mr. Postman) foram ainda mais longe na treta: dizem que Richard vivia menosprezando Karen, que acabou desenvolvendo anorexia nervosa e falecendo em 04/02/1983 (mas isso está na categoria “dizem por aí”)

Brincadeiras a parte, Luciano teve uma atitude rock’n’roll, oras. Estava passando mal (segundo consta), o irmão enchendo o saco, o empresário enchendo o saco e deu os famosos “cinco minutos”.

Ou isso ou a família Camargo resolveu tirar a Wanessa do olho do furacão depois do climão com o Rafinha Bastos.  (Este não perde tempo e já deu sua opinião sobre o caso: não sabe se é pior os dois juntos ou separados tentando carreira solo).

Eu não quero entrevistá-los, repito. Por quê? Que mundo horrível é esse que você não pode ter uma briguinha com seu brother que ganha destaque em TODOS os jornais impressos, em todos os programas jornalísticos da TV aberta/paga?

Ah, fafavô!

PS: não sei se foi ao ar a entrevista que a dupla deu ao Jô Soares, onde Luciano diz que tomou um porre de uísque com Rivotril. 

31 de outubro de 2011

(NÃO) ENTREVISTA DO DIA: EX-PRESIDENTE LULA

Livremente inspirada na revista TPM, que sempre publica em suas edições mensais, a seção "não-entrevista", tomei a liberdade de dizer quem eu não entrevistaria: - o ex-presidente Lula.
















Não entrevistaria porque é um desrespeito o que estão fazendo com ele desde que foi publicado o diagnóstico de câncer de agressividade média na laringe.
Ele não pode sair em sua varanda porque há jornalistas velando por ele, (só pode ser), vigiando todos os seus passos.
Ele não pode sair porque haverá um paparazzo pronto para capturar um frame qualquer dele e rodar o mundo. Isso é justo? Já não é o bastante a doença?
Pior: gente que se diz (ou se considera) politizada que se diz alegre, vingada, em resumo: desejando o pior para o ex-presidente. Que mundo horrível é esse que alguém fica feliz porque outra pessoa está doente?
Não vou entrar no mérito dele ter feito um bom governo ou não.
Isto não está em discussão.
Um homem com uma doença séria sim, está em discussão.
Deixem ele se tratar, deem privacidade a ele. É o mínimo que se pode exigir numa hora dessas.
Sim, desejo que ele saia dessa. E que ele dê todas as entrevistas que conseguir.

8 de setembro de 2011

PÉROLAS AOS PORCOS II


“Eu preciso que você me orce um orçamento”
(do meu prezado chefe para mim, agora pela manhã)

Asterístico
(do meu querido colega de trabalho subversivo)

“Estava eu confirmando os dados cadastrais de uma cliente de São Mamede/PB e na parte do CEP falei: cinco oito MEIA dois cinco zero zero zero zero.
Daí ela me fala: - você errou a parte do CEP, o correto é cinco oito SEIS dois cinco zero zero zero zero!
Moral da história: no Nordeste as pessoas não trabalham com MEIA no lugar do SEIS!

“Pesquisa na internética!”
(meu pai para mim, por internética devemos entender internet, ok?)

“Nunca vi ônibus da BRA passando no Tucuruvi”
(Rôsinha disse isso e apontou para o céu. Daí eu: por motivos óbvios, afinal ônibus só anda na terra mesmo :P)

Só rindo mesmo.

6 de setembro de 2011

AUTO-SABOTAGEM


“Na imensidão da manhã,
  Meu amor se mudou pra lua
  Eu quis te ter como sou
  Mas nem por isso ser sua”.

Meu amor se mudou pra lua (Paula Toller)

***

Auto-sabotagem é ir atrás de alguém que não vai voltar para você.
(Não adianta, para de ser pretensioso, você não carrega o maior amor
do mundo dentro do peito e mesmo que carregasse, o seu amor não
serve, tá?).
Auto-sabotagem é insistir em comer chocolate sabendo que no dia seguinte o seu rosto vai estar vermelho de espinhas. E nego ainda diz que chocolate não dá espinhas. O que dá espinha é a gordura presente na guloseima.
Ahã Claúdia, senta lá!
Por que então eu como dois pastéis de pizza e não fico com as mesmas espinhas?
Auto-sabotagem é fazer algo que vai magoar alguém que você ama, vai te magoar também no futuro e mesmo assim, por que diabos você vai fazer isso? Só para ter certeza? Só para provar a si mesmo que é senhor de suas vontades?
Ah vá!
Auto-sabotagem é desconfiar de si mesmo e de repente se comparar com todo mundo que você conhece e constatar que, ora vejam só, você é um loser. Ou na nossa língua vernácula: - vacilão!
Auto-sabotagem é algo que estou lutando para excluir da minha vida.

***

Por que você se acha tão especial?
Eu te jurei amor eterno por acaso?
I don’t think so.
O que te faz pensar que vou atrás de você aonde quer que você vá?
Se foi alguma atitude minha, desculpe, essa não era minha intenção,
de verdade.
Então, por favor, se situa, saia de minha vida e recolha-se a sua insignificância.
Até porque, adaptando uma frase da Marina Chaccur: - não sei o que você quer de mim, mas eu sei muito bem o que posso te dar: um belo dum perdido!

PS: em breve postarei coisas mais interessantes sobre design, mkt, economia, culinária, dinheiro, carreira e etc, porque afinal, este blog tem que fazer jus ao nome: só o que me interessa!, néam?

1 de setembro de 2011

PÉROLAS AOS PORCOS

Olá leitores (isto é, se eu tenho leitores)!


Vamos aos drops:
Ontem eu e Pri estávamos papeando sobre as sutis diferenças entre
homens e mulheres.Chegamos a seguinte conclusão:
- não importa quão bonita seja uma mulher, ela sempre vai se achar
uma pária, boba, feia e gorda (maldita falta de autoestima);
- não importa quão feio seja um cara, ele sempre vai se achar o
máximo;
- homem bonito não chega em ninguém, afinal, a estampa dele
abre portas.

                                               ***
"O rapaz do banco me disse que a leitura do fax está ilegível".
(eu mesma, nada redundante)
"Eu amo esmalte de brilho fosco".
(adivinhe, de mim mesma)
"Onde está meu "padmouse"?
(my boss)
"Porque você tem que entender que a situação outra é hoje(sic)".
(de um dos meus colegas de trabalho, para o gerente de um
banco)
"Não podemos ficar submersos a vontade dos nossos funcionários
(sic)". (idem)
"Eu não posso passar informações da conta de uma pessoa para
outra, que não é titular". 
(do rapaz do banco para mim ontem à tarde, no que eu respondi:
e por que diabos ENTÃO você passou?)


Só rindo mesmo.





31 de agosto de 2011

QUESTÃO DE ESCOLHA


Que eu me lembre, nunca brinquei de “sim, não, talvez” (aquela brincadeira que você não pode dizer essas três palavrinhas mais de uma vez porque perde o jogo, senão me engano).
Em meados de 2009 a palavra que mais ouvi foi “não”.
E a palavras que mais disse, também.
Eu ouvi “não” do Pedro, o meu ex-affair que sofria de compromissofobia mas se redimiu e está namorando (outra mulher, que fique claro).
Eu ouvi “não” e alguns insultos e puxões de orelhas junto de algumas pessoas quando estávamos desenvolvendo nossa pesquisa de TCC.
Até brincava e dizia: faça como o João, diga não! (João é coordenador de um curso de comunicação em uma universidade paulistana que não citarei o nome. Quando liguei para ele para uma possível autorização para aplicar a pesquisa de mercado lá, ele foi curto e grosso.
E eu muito babaca ainda argumentei: - por que não?
No que ele respondeu: - é não, e ponto.
Engoli em seco, não tinha muito tempo para questionar nada mesmo.
Tempos depois, na definição de entrevistados para o projeto editorial aconteceu de eu ter de ligar para alguém que havíamos limado por falta de tempo (sim, erramos em não mantermos mais contato, etc).
Bem, a pessoa disse o óbvio para mim: - não!
Outra vez não havia tempo hábil para abaixar a cabeça.
E o não acabou virando vários “sim” de uma maneira tão absurda e surpreendente que eu me espantei!
(motivo: escrevi para todos os contatos que eu lembrava falando do projeto e as coisas foram acontecendo).
***
Eu ouvi um talvez.
Talvez é uma palavra dúbia.Te faz criar esperanças, faz quem diz ganhar tempo, te levar na conversa.Dúvida eterna.
Quem me deu esse talvez foi o Fernando, também coordenador de um curso de comunicação em uma universidade paulistana, que sempre que eu ligava cobrando uma posição, dizia que talvez.
Foi assim até que o talvez acabou virando não e eu perdi o prazo.
Diga talvez, mas dê a resposta conclusiva antes que seja tarde demais.

***
Eu disse não a quem quis se aproximar de mim.
As propostas de emprego que eu julgava não dar conta.
A preguiça, a letargia, a tristeza.



Sempre direi não toda vez que você insistir em pedir para se aproximar.
Não insista.

***

Eu ouvi muitos “sim”.
Foram esses “sim” que tornaram possível, por exemplo, a minha existência.
Só isso explica o fato de eu ter sido concebida.
O fato de eu ter ganho uma bolsa de estudos.
Os sete anos que saí da casa dos meus pais dependeram do “sim” que eu mesma me dei em contrapartida ao “não” que meus pais deram.Eles não apoiaram, mas não impediram.
Ficar em São Paulo para estudar Design e conhecer, aprender, me divertir e conviver com tantas pessoas legais (e outras pero no mucho).
Esses “sim”, os que eu dei, e os que eu ouvi, foram fundamentais.

***
Talvez não seja uma questão de “sim, não, talvez”. São as escolhas que te oferecem, ou que você oferece aos outros que no fim faz toda a diferença.


30 de agosto de 2011

ALEGRIA NA MEDIDA


Um adendo: uma tentativa de voltar aos posts sérios, por assim dizer.

Eu quero entender afinal o que pode tornar um dia feliz?Ou não?
Se tudo der certo, eu vou ficar tranqüila.
Se tudo der errado, eu vou ficar desapontada?
Vou achar o mundo injusto?
Pôr a culpa em alguém?


Se eu brigar com minha mãe, meu pai, meu irmão (ou com toda a família  de uma vez, como já aconteceu), com meus amigos, eu sei que vou ficar triste,  talvez ache que a culpa seja toda minha. Ou toda deles. Ou que todos estão paradoxalmente certos e errados.Serei eu madura para entender  que nem todo mal é definitivo?
E o conflito e a crise é para encontrar uma solução?


A alegria e a tristeza fazem parte da nossa vida. Se eu pudesse escolher, todos os dias seriam de alegria. Eu posso escolher, e quero sim que todos os dias sejam de alegria.
Hoje eu entendo coisas que há alguns anos pareciam impossíveis de entender.
Entendo que se meus pais diziam não a algum pedido meu, com certeza não era  um boicote ou falta de amor, como eu pensava.


Entendo que todas as brigas que tive com meu irmão, foram por motivos tolinhos.
E passava-se cinco minutos e lá estávamos nós, grudados no sofá vendo televisão.
Se eu briguei com alguns amigos, a cabeça esfriou, o tempo passou e nos mostrou  se valia à pena seguir adiante.


Quanto aos amores?
Os que eu deixei, e os que me deixaram, foram porque o amor acabou. Simples assim.
E não há culpa. Não da minha parte. (se você é meu ex e lê este blog, vejamos: se eu te deixei, não me culpe).
Alegria tem muito a ver com liberdade.
Afinal, se a sua alegria depender de falar ou fazer o que quiser, você vai precisar  (e provavelmente não vai encontrar) toda a liberdade que precisa.


Fazer o que quiser é tão apaixonante. Mas não funciona neste mundo. E você vai deixar de ser feliz por isso? (Por favor, responda que não). Gente alegre e feliz demais irrita, também.
Porque simplesmente você não acredita em tanta alegria em todos os 365 dias do ano. Minha ideia de felicidade hoje é essa: - acordar, ir ao trabalho, tomar o café com leite de 
sempre, conseguir executar o que me pedem (e o que eu não consigo eu já explico logo 
porque não deu certo e parto para a próxima), encontrar internet e telefone funcionando,
voltar para casa, saber que todos estão bem, pensar e executar meus planos paralelos,
sair de vez em quando com os amigos, comprar minhas revistas de menina, e recentemente, 
as de negócios, comprar livros, bater papo com minha mãe no fim do dia, ouvir música...


Nada muito ambicioso.
E levando em consideração que minha vida está desse jeitinho que acabei de descrever, 
sim, eu sou uma pessoa feliz. Tá certo que às vezes me tiram do sério, mas eu sempre volto à programação normal. Alguns conhecidos meus falam que eu deveria ter um namorado e talz, mas...de 2005 até o  início de 2010 não consigo me lembrar de ter um período sozinha. Estava sempre enrolada. E decidi que eu preciso aprender a ser feliz sozinha. Porque, se você aprender a arte de ser feliz sozinho, certeza que você vai saber fazer outra pessoa feliz.

29 de agosto de 2011

SEM CORAÇÃO, EU?


Dia desses eu estava aqui no escritório, em um dia de melancolia e dor de cotovelo
ouvindo e cantarolando “As lembranças vão na mala” do Luan Santana.
Daí o Gabriel, o filho da minha chefe chega e pergunta:

- Meu, você tá ouvindo Luan Santana?
Eu respondo: - estou ué, tô com dor de cotovelo, coração sangrando e toda a sorte de drama.
Daí ele me olha e constata estupefato:
- Ouvir Luan Santana tudo bem. A surpresa é você ter coração!

26 de agosto de 2011

VOLTA POR CIMA

Todo mundo tá comentando a capa da Thaís Fersoza para a VIP de setembro.
Eu não podia ficar de fora, obviamente.
Poderia criticar o batom snob (rosa-b*ceta, como diria a Lele do TDUD?), a capa clean (que achei muito bonita, por sinal) ou ainda, escolherem essa foto com cara de tudo, menos sexy.
Se você não lembra, Thaís ficou no olho do furacão ao ser abandonada em plena lua-de-mel pelo também ator Joaquim Lopes, que em seguida assumiu romance com Paola Oliveira, a insossa Marina (da finada Insensato Coração).
Daí Paolinha indiretamente deu uma força à carreira do moçoilo,  que está no ar atualmente em Morde & Assopra, mas não tá causando muito rebuliço.

    casal polêmico: Joaquim e Paola

Voltando a Thaís, a prova que a vida tem altos e baixos  é essa imagem:


- capa da VIP, futura capa da Playboy, loira e vilã da novela Vidas em Jogo, da Record.
(Tá certo que vai ser lembrada eternamente como a mina abandonada, mas tava na hora de sair desse personagem, néam?)
Em suma: arrasou, Thaís!


25 de agosto de 2011

INCÓGNITA

Dia desses você me ligou e disse que se lembrava do tempo que eu pintava as unhas do pé de Marina, da Impala (é um esmalte azul claro, manja?).
De tantas coisas para se lembrar de mim, vai lembrar logo dos meus pés?
Você é meio exótico, admito.
Pena que a minha memória é boa.


Porque eu consigo lembrar do primeiro dia que nossos olhos se cruzaram, as palavras que nós trocamos, as gentilezas que vieram a seguir, o plano mirabolante que bolei para ficar cinco minutos do seu lado.


Eu lembro do primeiro beijo.
Eu lembro do último beijo.
Eu lembro que fui eu que saí fora.
Eu lembro da minha indelicadeza e pior do que isso, eu lembro da sua tristeza.
Eu sei que a gente até gostaria de ficar junto, mas a gente tem medo demais pra fazer isso e não quer correr o risco.


Obviamente são muitas lembranças, que eu espero que se tornem menos vívidas com o passar do tempo.
Mas o que me deixa mais intrigada é por que tanto fetiche com os meus pés?
Eles são horríveis.Sim, graças a Deus eu tenho dois pés sadios, mas esteticamente falando, são feios, ok?
Mistério...



24 de agosto de 2011

BALADA BOA?

Se você gosta de sertanejo universitário já deve ter ouvido falar em Gusttavo Lima (assim mesmo, com dois "T").
Você já parou para ver o clipe da música nova dele, "Balada" (aquela do tchê, tcherere, tchê)?
Pare e veja com bastante atenção:


Agora responda: CADÊ a presença de palco do rapaz?
A impressão que passa é que ele está constrangido de  participar disso.
Eu hein...

23 de agosto de 2011

FOI SÓ EU QUE REPAREI?

Ontem estreou a nova novela das nove da Globo, a Fina Estampa.
E foi só eu que reparei que a Sophie Charlotte teve a sorte de ter como irmão na ficção o ator Caio Castro, que ela namorou na época da Malhação?

E para aumentar ainda mais o desconforto, o Caio tem de conviver com a ex e o atual dela, Malvino Salvador, porque ele é o irmão mais velho de ambos na trama!


Minha dúvida é: como esse povo se relaciona no dia a dia?
Eu não teria inteligência emocional para trabalhar com ex e atual.Você teria?

22 de agosto de 2011

DROP IT LIKE IT'S HOT


Vamos aos fatos:
Estavámos rindo do tiozinho da C.O que estava muito encantado com meus atributos físicos, quando nos lembramos de uma frase da espirituosa Monique, que se casou recentemente:
- Eu já queimei as duas chances que eu tinha de ser rica: - a primeira, quando nasci e a segunda, agora que casei, mas eu não largo meu fofucho por nada desse mundo, ainda mais agora que ele foi aprovado no concurso do TJ.
Daí eu me lembrei de outra chegada, que se diz feliz no casamento, mas se vier a se separar e casar de novo, só se for por interesse.


Minha dúvida é se alguém sinceramente conseguiria ser feliz em uma relação que visa apenas os fins financeiros?
Óbvio que existe gente assim, estamos fartos e cínicos de ver isso todos os dias, seja uma das partes sincera e a outra cheia de segundas intenções, ou então é o clássico golpe da barriga. Não importa. Não vislumbro felicidade em uma relação assim. Se em um relacionamento em que ambas as partes querem estar junto, felizes e apaixonados já surgem conflitos, imagine em uma união por conveniência.


Há algum tempo atrás não era assim.A gente (mulheres) não tinha o direito de escolher o nosso companheiro, por assim dizer.Escolhiam pela gente.E sabe se lá porque, nem sempre
nossas escolhas agradavam nossos pais.Mas enfim. Eu poderia discursar horas sobre a mania imbecil que todo mundo tem de idealizar o/a parceiro/a.
Idealizar é: achar que o outro sempre tem de dar o sangue, ser a prova de falhas, estar sempre muito aí para você, mas na prática é tudo diferente.Voltando ao motivo deste post:
É obvio que um parceiro/a com grana é muito mais cômodo e confortável, mas a grana não pode ser a base dessa união.Se a grana acabar, vai fazer o quê? Sair fora, como quem sai de uma empresa que acaba de quebrar?


Eu já estive a lado de um cara que tinha grana, vivia trocando de carro, comprando imóveis e...Sim era muito confortável, sim era muito bom sair desfilando em carro novo, receber presentes legais, ir em lugares para poucos e bons, mas...
O namoro acabou e eu fui convidada a me recolher a minha insignificância, como diria Severino Cavalcanti. Ficar sem as mordomias foi tranquilo, no final de tudo.


Quando estava com ele eu percebia uma certa arrogância da parte dele porque nas palavras dele "eu podia me matar de estudar e nem chegar perto daquilo que ele conquistou com o trabalho dele e quase nada de estudo".Ouvir isso era muito humilhante.Parecia que ele queria me dar o recibo de loser. A parte ingênua de mim quer acreditar que ele só dizia para se autoafirmar. O ideal é um relacionamento em que ambos os envolvidos estejam na mesma situação, do mesmo lado.Ou mesmo que estejam em momentos diferentes, que tenham maturidade para reconhecer que nada é definitivo. Como diz a propaganda do Bradesco Seguros, vai que...

Continua...

18 de agosto de 2011

É A SUA INDIFERENÇA QUE ME MATA!

Segue abaixo duas definições do Houaiss para indiferença:

  falta de interesse, de atenção, de cuidado; descaso, desinteresse, negligência
Ex.: i. pela dor alheia
  estado daquele que não se deixa conduzir por sentimentos arrebatadores como amor, ódio, raiva etc.; distanciamento, frieza 



A definição de indiferença, por Zezé di Camargo & Luciano:



" É a sua indiferença que me mata
É uma invasão, um nó dentro de mim
Coração divide em dois na sua falta
Uma parte é o começo a outra o fim
É a sua indiferença que me mata
Que me mata, que me mata
Coração divide em dois na sua falta
Na sua falta, na sua falta "
E bem, minha definição de indiferença: sabe quando a pessoa que você gosta parece fazer questão de ignorar o que você diz. O que você quer. Ou que você se importa.
Eu entendo que isso é indiferença. E dói, porque é enlouquecedor alguém te rejeitar e você simplesmente não saber porque. 
É você marcar um encontro com alguém, a pessoa
 confirmar e no dia, você ficar a balada inteira olhando para porta, esperando ele (a) entrar por aquela porta e acabar a ansiedade.
É o convite que eu fiz para um amigo vir a São Paulo e...Ser ignorada com veemência.
É a moça que entrega panfletos na rua te estender um (panfleto) e você passar por ela sem piscar.
É você dizer "não" para galera da pesquisa, que ganha o dia a cada pesquisa respondida.
É você fingir que está tudo bem e não participar das manifestações políticas que rolam na rede.
É você escutar alguém que passou por um momento difícil e continuar falando de si mesmo,sem se importar com os sentimentos do outro, que quer apenas o seu abraço, seu silêncio, um cafuné e o conforto do seu colo.
De alguma maneira, reaja, mas não seja indiferente.



PORCELANE

Para ler ouvindo: Porcelane (Moby)


Quem ouve a voz doce e pausada de Hannah não percebe os segredos que se escondem por trás desse timbre. Quem vê sua estatura pequena não consegue imaginar o quão grande
ela pode ser. 
Eu admito que admiro o jeito doce dela de dizer e fazer pequenas maldades, com a voz doce, o sorriso fácil.


Hannah é casada com Heitor.Tem filhos.E se tinha algum plano para a sua vida antes de conhecer o marido, ela jogou fora todos.Suas roupas, suas unhas, seu perfume, o penteado...Tudo tem de ter uma aprovação dele.Se ele não gostar, não serve. Se até aqui você achou Hannah submissa, "se preparasse-se", porque tem mais: - Heitor não se preocupa com nada, deixa todas as responsabilidades nas mãos da Hannah: as despesas, a educação dos filhos, o jantar...E se algo dá errado, o mundo cai na cabeça dela, porque afinal, ela é incompetente, louca e o casamento deles é pura fachada!


Sempre que brigam, é o mesmo enredo: - ele sempre está certo, ela está sempre errada, daí passam umas duas horas e a programação volta ao normal. Quando discutem, ela até tenta argumentar, mas Heitor e seu jeito destemperado acabam levando vantagem.Nem se ela quisesse competir usando um megafone ela venceria. O que ela não consegue entender é que ele não é o tipo de cara que se esforça, ele chega e EXIGE atenção, ajuda...
...E o que ela precisa ENTENDER é que a relação deles entrou num estágio tão grande de
perturbação que no ponto de vista dela, isso é comum.


Desculpe Hannah, mas não é comum ser SEMPRE menosprezada.Não importa o que aconteça, você é sempre a vilã.Mesmo que a culpa não seja sua, ele sempre acha um jeito de te acusar. Eu nem sei se você sabe, mas em algum momento você pode chutar o balde, largar tudo e recomeçar.
E os seus filhos?


No começo todo mundo vai sofrer, mas a longo prazo será perceptível  a melhora da qualidade de vida de vocês. Parece fácil falar, mas as coisas desagradáveis que aconteceram na vida dele antes de você chegar não é culpa sua.Aliás, não é motivo para ele destratar ninguém.É um problema dele.Ninguém tem nada com isso. Você deveria ter dito isso na primeira briga que tiveram, mas decerto você aceitou que tava errada e rezou para ele não te deixar! Como em todas ás vezes que vocês brigam. Que relacionamento sólido, baseado em uma fibra de fio!


Não sei quanto tempo desfrutarei de sua companhia, mas saiba que você pode recomeçar!
Dostoiévski já dizia em "Crime e Castigo" que os homens são capazes de se adaptar a qualquer adversidade.Pense nisso e reflita se você é realmente feliz...Ou apenas acredita na sua propaganda de família feliz que você criou para o mundo?

14 de agosto de 2011

COLOR BLOCKING

Ninguém é 100% bom.Ou 100% ruim.
Alguns ficam no meio da caminho, não são nem bons, nem ruins.
Outros conseguem despertar simpatia e/ou antipatia onde quer que passem.
Eu nem sei em qual dessas categorias eu me encaixo mais obviamente, como a observadora sei exatamente onde o personagem desse post se encaixa:
- o cara que desperta antipatias.


O timbre de sua voz me irrita às vezes, porque não adianta, você não é simpático.Para piorar, ama se intrometer em assuntos que não lhe dizem respeito. Ama acender o pavio.
Usando uma expressão minha, ama ver o diabo sair da garrafa.
A única pessoa digna de receber elogios, é adivinhe... Ele mesmo, ora pois.
Sua mulher não é boa o suficiente.Seus amigos não são bons o suficientes, nada é o bom o suficiente.


As coisas só estarão boas, em seu torpe ponto de vista quando todos se dobrarem as suas vontades. Quando tem um problema, simplesmente não consegue encontrar uma solução sem berrar, ameaçar ou coagir a outra parte envolvida na peleja.
Você acha isso bonito?


Quando alguém perde a cabeça, o controle ou tudo isso de uma vez, você não é o cara do deixa disso: você é o cara que vai incentivar a carnificina, o que vai escolher  um lado e baixar a porrada.
Você não olha para os lados, apenas olha para baixo, para umbigo.
Desde que salve a sua pele, seria capaz de pôr a mãe na fogueira.
Lógico que há dias que eu consigo rir das suas piadas, mas é só quando eu estou num bom dia.Do contrário, a minha vontade é mandá-lo para aquele lugar.


Ou você é mimado.Ou você é do mal.
De qualquer forma, estamos no mesmo barco.Tanto eu quanto você estamos à deriva.
Até o dia em que alguém, que sabemos bem quem é, dê a um de nós dois a direção definitiva ao olho da rua.