Estou aqui ociosa nesta tarde quente de domingo, 1º de janeiro de 2017.
Cumprindo o protocolo padrão: reclamando do calor!
Já que eu estou sem ter o que fazer mesmo (tem o que fazer, mas não vou fazer agora, a verdade é essa) vou seguir os conselhos de uma amiga que não converso já faz tempo: vim escrever, uai!
Aliás, percebi no último Natal conversando com meu irmão caçula que estou perdendo minha memória, logo eu, sempre elogiada por ter uma boa memória. Irônico, não?
Na ocasião meu irmão caçula ficou surpreso por eu ter esquecido um episódio digamos escatológico ocorrido com nossa mãe. Na verdade, eu DELETEI o acontecimento da mente, porque tento recordar e não consigo.
Hoje em especial é o dia da ressaca universal. Então nada de muito extraordinário aconteceu até o presente momento. Isto é, falando da minha vida.
Dando uma rápida lida no UOL ou no G1, as manchetes celebrando a chegada do ano novo rivalizam com chacina em Campinas em que mais uma vez o feminícidio se faz presente. E um possível ataque terrorista em uma boate na Turquia. O ano muda, mas infelizmente a violência permanece. Até quando?
Outra coisa que chamou minha atenção sem dúvida foram as mensagens prontas que recebi pelo WhatsApp. Sei que é mais prático, mas acho bem mais legal quando recebemos os votos espontâneos, com erros de português e tudo (me julguem, afinal viemos ao mundo pra ser julgados).
Falando do protagonista da festa, 2017 começa com uma baita responsabilidade. Se fosse uma pessoa, poderia dizer que ele é o Tite ao assumir a seleção brasileira desacreditada após tantas derrotas e escolhas equivocadas.
Ou a Marissa Mayer quando saiu do Google e foi para o Yahoo! e o burburinho que tal mudança gerou na época.
Ou qualquer outra pessoa a quem foi delegada a responsabilidade de descascar um abacaxi. Afinal 2016 deixou uma herança maldita de dificuldades, tristezas e frustrações.
Poderia dizer que 2016 ofereceu muitos limões mas dependendo do dia e da vibração, ninguém tava a fim de fazer limonadas.
Teve dia que teve (limonada).
Teve dia que houve ranger de dentes mesmo.
Melhor que limão, só umas gotinhas de mel pra adoçar a vida, mas não teve refresco.
Fizemos nossos rituais de passagem de ano, oramos, refletimos, agradecemos e com sorte até celebramos contudo devemos nos atentar para o seguinte: expectativa é a mãe da decepção. Esperamos que 2017 seja um bom ano e devemos manter a esperança.
Mas é preciso colocar a mão na massa também. Não é necessário bolar planos mirabolantes para fazer acontecer. Até porque tudo começa com um primeiro passo.
Espero ter me feito entender e até breve!