10 de janeiro de 2014

SIMPLES DESEJOS



Hoje é o décimo dia do ano novo.
Talvez você tenha voltado das férias coletivas.
Ou tenha feito como eu, que não tive oportunidade de dar uma pausa.

Pode ser que você tenha feito resoluções de ano novo.
Ou nem ter se dado ao trabalho.
Sempre leio piadas de que mulheres costumam pedir as mesmas coisas de sempre, a saber (não quero soar pejorativa):

- menos cinco quilos;
- um namorado;
- emprego novo;

Eu desejo saber a hora de parar e descansar.
A calma de quem é confiante.
Saúde e paz.

E divido com vocês os desejos do Gustavo Gitti, colunista da revista vida simples, que publicou na edição 127 uma coluna intitulada "Relações que Valem a Pena".

É o que desejo neste momento da minha vida e te convido a refletir sobre esses votos:

"Para minha vida valer a pena, que nasça de relações que valem a pena, daquelas que transformam as pessoas para muito além da esfera do relacionamento, com qualidades que sobrevivem até mesmo à morte dos envolvidos, transbordam, se espalham para quem quiser pegar. Que eu nunca aspire por bodas de ouro, mas pelo florescimento das potencialidades do outro, esteja com quem estiver, pelo tempo que for. Que eu não me dedique tanto à proteção de minhas fixações, mas à superação gradual das estruturas coletivas do ciúme, da carência, do preconceito. Perda de tempo sustentar uma relação que maquia, sem nunca atacar, as causas do bate-cabeça.

Que eu não dê tanta importância e não me distraia com fatos (se formou, casou, faliu, fez plástica, descasou?), mas que possa mirar naquilo que importa: o quanto a pessoa segue cada vez mais lúcida, aberta, autônoma, curiosa, compassiva?"


Te pergunto: o que você deseja para este novo ano?





9 de janeiro de 2014

INTACTO (OU NÃO)


Eu espero que qualquer dia desses meu telefone toque.
Ou surja uma mensagem inbox.
Um bilhete.
Um sinal de que você ainda  se importa.
Espero que você volte.
Diga que está tudo bem.
E que podemos recomeçar.
Porque o tempo passou.
Mas nossas promessas de que seria "para sempre" permaneceram.

***

Te reconheci através dos olhos verdes escuros.
Agora cansados.
A elegância natural ainda está lá.
O bom gosto para bolsas e acessórios, também.
Mas aquele brilho no olhar que você trazia em 2006 não está mais lá.
Seria o filho que veio de forma inesperada?
Ou o casamento às pressas?
Por que parece que desistiu de si mesma?
Por que seus olhos parecem trazer toda a tristeza e cansaço que há neste mundo?


8 de janeiro de 2014

CAUSA PERDIDA


Qualquer que seja minha opinião eu estou sempre errada.
Apenas um diagnóstico. 

Você não se cansa de diminuir meus pontos de vista?
Então é sério que você tá sempre certo?

Porque eu já estou tão farta que eu simplesmente ignoro o clichê "tá falando besteira".
Ignorar é melhor do que alimentar a fogueira com mais lenha.
É como uma guerra fria.

Lamento tanto essa perda de tempo com esses embates infrutíferos, que não acrescentam 
nada. Um ponto final de repente é uma opção radical, porém eficaz.

De uns tempos para cá tenho lido coisas. 
Que minha geração não luta pelo que quer.
Abrimos mão rápido diante das dificuldades.
Discordo.

Somos mais seletivos diante das batalhas pelas quais escolhemos lutar.
Apenas.

Você não é uma batalha.
Mesmo que fosse, não lutaria por você.

Lutaria para ter de volta a sensação de paz que eu tinha antes de você chegar.
E bagunçar os territórios do meu mundo.

Lutaria para dizer que você está completamente errado.
Porque você não me conhece. Nem vai conhecer.

7 de janeiro de 2014

PARAÍSO PARTICULAR



Não acho que eu seja mimada.
Também não julgo necessário me bajular o tempo todo.
Só acho fundamental ter a liberdade necessária para fazer.
(O que quer que deve ser feito).

O fato é que o tempo vai passando.
De alguma maneira as coisas vão perdendo a leveza.
E quando dou por mim, me sinto sufocada com o fardo que carrego.

As coisas parecem funcionar melhor para os outros, menos para mim.
Porque parece que no meu universo particular as coisas parecem muito maiores do que realmente são?
Seria eu viciada em drama?
Ou viciada em reclamar?

Ou não. 
Uma vez que você tem uma noção de paraíso.
Você vai querer estar lá.

Paraíso não precisa ser um lugar bucólico.
Só precisa ter a paz que me parece tão distante.
E o conforto de saber que você não vai estar lá.




6 de janeiro de 2014

SE EU NÃO TIVESSE MEDO...



... Eu teria mais audácia.

Teria menos crises de fé (como diria o Ique em um post do seu blog, o The Bro Code) e iria adiante. 

Se me chamassem de louca, citaria os versos de Crazy, do Seal: só estou tentando sobreviver!

Para algumas coisas simplesmente não tenho medo. Apenas faço o que tenho de fazer, como diria os versos de Vícios e Virtudes, do Charlie Brown Jr.

Para outras coisas, vou fingindo que não é comigo. Empurrando com a barriga. Varrendo para baixo do tapete. Procrastinando. 

Faz anos que gostaria de melhorar esse blog. 
São anos adiando.

Faz anos que tento montar meu próprio negócio.
São anos adiando.

Faz anos que tento escrever um livro.
Adivinhe?

Bem, um medo que eu sei que tenho mesmo é o de errar.
Não admito falhas minhas, muito menos as alheias.

Como é um novo ano e estou inspirada em Feeling Good (Nina Simone) para começar a escrever a história dos meus dias, entendo que é um novo dia, uma nova vida e um novo tempo para mim. 

Devo recomeçar, e me tirando da zona de conforto.

Me desafiando.

No final de 2013 fui desafiada até o último dia do ano. 

Pensei que fosse enlouquecer, mas dei conta de cada uma das funções que me designaram.

E é com esse gostinho bom de "missão dada, missão cumprida"  (alô Tropa de Elite) que começo os trabalhos.

Não vai ser fácil.

Mas estes são os caminhos que desejo conhecer, se o bom Deus permitir.








5 de janeiro de 2014

SOBRE MARKETING E (IN)DELICADEZA


Deve ter algo errado.

Já faz um tempo que desconfio, mas conforme as coisas vão acontecendo e os dias vão passando essa certeza ganha força.

Não vou me dar adjetivos lisonjeiros, apenas vou dizer que sou simples de lidar. 
Por simples entenda que eu não julgo quando ouço um "causo". 
Não faço joguinhos. 
Sou simpática.
Toda ouvidos, a qualquer hora.

E o que eu recebo de volta? 
Dúzias de indelicadezas, é claro.

É um tal de "existem coisas e pessoas importantes acontecendo na minha vida neste momento" . 

Ou "você precisa emagrecer 15 Kg". 

Ou "você nem é tudo isso pra ficar fazendo doce". 

Ou "você tá muito lenta nesse Ano Novo".

Cadê o respeito?

Isso é um caso de absoluta falta de respeito pelo outro. Fico puxando pela memória quantas vezes fui rude com essas pessoas que disseram essas "delicadezas". Porque acho inaceitável esse tipo de coisa. Não consigo digerir.

Sinceridade e grosseria não são sinônimos, aprendam!

Existe uma melhor maneira para defender seu ponto de vista. Dizem até que a maioria dos conflitos se dá não pelo teor das palavras ditas, mas pela indelicadeza do interlocutor.

E além disso, vem outra questão à minha mente: que imagem ando passando? Por que desconfio que devo considerar um reposicionamento de marca, como diriam os marqueteiros. Me tornar mais forte, mais dura, mais blasé, indiferente até. Uma coisa fale ao motorista somente o indispensável. Minha versão "premium" vai ser pra quem merece.

E qual seria meu slogan: trago esse sorriso porque já chorei demais, apenas!