29 de junho de 2012

TIMIDEZ (TE VALORIZO)


(Quem nunca teve um amigo (a) ou então não soube agir diante de alguém que você admira muito? Admira tanto que se perde diante do "ídolo"? Ou alguém que foi muito amigo seu, mas vocês perderam contato e/ou escolheram caminhos diferentes e de repente se encontram, mas ainda não se sentem confortáveis? Este post fala sobre isso.)

Eu queria tanto saber agir diante de você. Nada me intimida mais que você. Tenho medo de ser invasiva, de te sufocar, te tomar seu tempo, de parecer uma chata. Ai, eu quero agir como uma pessoa normal!

Mas eu tropeço nas palavras, não tenho assunto nenhum, me torno me repetitiva. Faço tudo errado. Eu sempre fiz tudo errado com você, né? Por quê? Eu queria que você me visse como uma mulher segura, esperta e divertida e tudo o que você vê é uma garota boba e vazia. Mas isso sou eu que estou dizendo, você nunca se manifestou a respeito. Você não é muito chegado a elogios. 

Eu pareço essas nerds de filmes teens americanos tentando impressionar o cara mais popular da escola. Pareço tão obcecada que nem percebo que apesar de não confiar na mulher legal que eu sou, eu posso significar tanto para alguém, que permanece anônimo.

Tudo que eu queria era o seu carinho, sua atenção, sua aprovação. Não sei porque eu preciso de tudo isso, mas vai entender. Gente é um bicho esquisito. Condicionar minha felicidade a sua aprovação só prova o quanto eu preciso ter um gato para cuidar ou mais trabalhos para fazer. Quem sabe um trabalho voluntário não mude isso? 

E você? Custava demonstrar o quanto gosta de mim (isto é, se você gosta de mim)? Custa ser gentil e dizer que nunca atrapalho, que posso te chamar para convidar sempre que eu quiser? Custa me dar um telefonema de vez em quando só pra não esquecermos o tanto é gostoso escutar o outro? Por que só eu tenho que demonstrar, dar a cara a tapa e tornar públicos o quanto você é importante. (Eu devo ter criado um monstrinho vaidoso a essa altura do campeonato)?

Você sempre diz que eu cobro demais. Mas a impressão que eu tenho é que sempre me dou demais e você...Talvez você não possa dar o que eu tenho em excesso. Talvez eu deva partir para a próxima. Ou aceitar que o seu jeito é esse. Reservado. E tentar entendê-lo. E entender que você não é igual a mim. E parar de exigir. Porque talvez não seja fácil para ti ser tão espontânea como eu. Tão bem-resolvida com seus sentimentos e vontades do jeito que eu sou. Mas não deixa de ser engraçado que a mesma mulher que intimida, argumenta, retruca, ri e faz rir tem um ponto fraco: você e seu jeito imprevisível. Vamos fazer um cessar fogo? Por que não tentar ser mais natural e relaxada e você tentar me deixar mais segura (e tirar essa pose de inatingível)?




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