26 de janeiro de 2012

FALLEN

                                            Autor Desconhecido

Agora é fácil vir me dizer que avisou.
Depois que eu levei o tombo.
Por favor, não venha dizer que me avisou.
Nunca mais. Obrigada.
É muito fácil dizer esporadicamente o quanto eu sou importante.
Importante por quê? O que justifica essa importância toda?
Por acaso eu estava lá, segurando a sua mão, quando o conflito atingiu o seu ápice?
E por acaso você veio até aqui, e me ofereceu teus ombros quando eu queria chorar?
Por que logo um estranho veio me dar o colo que eu esperei que você desse?
Meu maior defeito é esperar sempre o melhor das pessoas.
Eu só esqueci que o meu amor não poderia te tornar uma pessoa melhor.
Não entenda como rancor, mágoa, nada disso.
Foi só um dia de chuva, depois de uma tragédia que esfregou na nossa cara o tamanho
da nossa impotência.
São os sentimentos misturados. 
Ainda que eu fosse importante, por que eu não faço mais parte da sua vida?
Por que eu tenho de saber das suas alegrias e tristezas por terceiros?
Eu não me dou mais ao trabalho de ligar. Até porque da última vez foste tão rude comigo que
pensei que só se eu não tivesse um pingo de amor próprio para fazer uma nova tentativa.
Não me arrependo de nada.Não há de que (se arrepender).
Estranho é te ver tão perto e desviar o olhar, fingir que não estou vendo.
Mas é a melhor forma que encontrei para lidar com a melancolia, depois que eu caí do céu.
E até agora, tenho me saído muito bem.
***
Não fui a única culpada de tudo. Meu maior erro foi querer sonhar os teus sonhos. Realizar.
E perceber que ao realizar os teus sonhos, eu estava me matando. E sacrificando os meus
próprios sonhos. Somos como água e óleo. Nunca vou entender em que parte do processo achamos que daríamos certo.
Também errei quando não avisei que você não era minha prioridade máxima.
Tenho uma explicação para isso: a sutil diferença entre o que eu era. E o que você queria que eu fosse. 

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