1 de agosto de 2012

ESTÔMAGO


Cada um usa o poder que tem para seduzir. Beleza. Inteligência. 
O dom de fazer a playlist perfeita para a viagem à praia ou para o interior. 
O dom de dizer as palavras certas no momento certo.
Boas roupas, bom perfume.
Eu tenho usado o "estômago". Alheio. 
Como? Explico nas linhas a seguir.

Então eu percebi que, de todos os affairs que eu tive, você tem um diferencial dos demais:
- É o único que tenho seduzido pelo estômago. Não deixa de ser curioso, uma vez que não tenho muita segurança no universo misterioso e místico da cozinha. Mas a temporada que minha mãe passou no Ceará foi ótima para eu me tornar mais confiante e preparar alguns quitutes. Confiante a ponto de levar bocadinhos destes quitutes para que meus colegas de trabalho provassem. E aprovassem, se fosse o caso.

Então, de uma maneira despretensiosa me vi te seduzindo de fatia em fatia de bolo. Não acho isso ruim. É lisonjeiro. O ápice do orgulho foi, enquanto você comia o bolo de laranja que havia preparado no dia anterior, me perguntou se eu tinha vontade de casar. (Acredito que culinária nada tem a ver com juntar os trapinhos, mas enfim. Vai ver meu bolo de laranja te convenceu de que, ao contrário do que eu penso, eu pareço pronta para o matrimônio).
Ah, se todos os desafios de um casamento estivessem guardados no segredo de um bolo de laranja, as coisas seriam mais fáceis. Devo ter respondido qualquer bobagem para dizer que "ora, vejam só, sou bem-resolvida". Não deixa de ser irônico que a criatura que praticamente fugiu de um casamento fadado ao fracasso volte a ouvir insinuações sobre bodas. E como disse anteriormente: admito lisonja =D



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